• Mercados amanhecem mistos nessa quinta-feira, com cautela sobre a alta dos preços na Europa e espera do novo nome na presidência do Banco Central nos Estados Unidos.
  • Já o Brasil segue na contramão, com o Ibovespa (nosso principal índice de ações) zerando os ganhos do mês com queda registrada ontem.
  • O motivo? Discussões políticas sobre o futuro dos gastos públicos, com atenção para a votação da PEC dos Precatórios. O governo conta com a mudança para balancear o orçamento do ano que vem, incluindo o adicional para R$ 400 do novo programa Auxílio Brasil.

Na contramão do mundo. Bolsas globais acordam mistas nessa quinta-feira. Enquanto nos Estados Unidos vemos leve alta, a Zona do Euro fica no zero a zero, com dados da inflação bem acima do esperado (e da meta do Banco Central Europeu) contribuindo para um sentimento de cautela por lá.

Já por aqui, seguimos na contramão, com a incerteza política como principal motor dos mercados. Ontem vimos o Ibovespa (nosso principal índice da bolsa) cair 1,39% e zerar os ganhos de novembro.

O principal motivo: seguimos na novela dos Precatórios. Após aprovação na Câmara dos Deputados e agora em tramitação no Senado, a PEC dos Precatórios segue o principal foco de atenção dos mercados por aqui. O relator da proposta (senador responsável por liderar as discussões) tem se reunido com integrantes do Senado para ouvir suas demandas. Porém, até agora não há consenso sobre qual será a “cara” final do projeto. Mesmo assim, a expectativa é que proposta seja votada até o final do mês. Se houver mudanças no Senado, a PEC precisa voltar à Câmara dos Deputados para votação novamente.

Vale lembrar que a proposta de mudança constitucional se tornou essencial para que o governo consiga balancear o orçamento para o ano que vem. Ou seja, para que caiba nas contas não somente o adicional ao novo programa Auxílio Brasil (que começou a ser pago ontem, apenas com uma correção para R$ 217,00 ao antigo Bolsa Família), mas também a correção de despesas obrigatórias por conta da inflação mais alta, e outras demandas políticas (como um fundo eleitoral maior, e menor pagamento de impostos para setores específicos).

Renda fixa segue sentindo. Uma solução ao impasse é chave para reduzir a incerteza e alta percepção de risco fiscal que tem pressionado os mercados por aqui. As taxas de juros futuros (precificação do mercado sobre onde estarão os juros no futuro) fecharam o dia de ontem em alta, refletindo as incertezas em torno do rumo da taxa Selic nos próximos meses – analistas tentam saber se o Banco Central irá ainda além da alta de 1,5pp na próxima reunião, diante da inflação alta e da preocupação de aumento de gastos pelo governo.

As taxas com vencimento mais longo também subiram, indicando que o mercado “pede um preço maior” para financiar o Brasil por mais tempo. Discussões sobre um aumento de salário para funcionários públicos no ano que vem, em meio a um orçamento para lá de apertado (e ainda sem a aprovação da PEC dos Precatórios) ajudaram a criar ainda mais cautela.

Enquanto isso, um fôlego na gasolina? O preço do petróleono mercado global se distancia das máximas recentes, quando o barril bateu US$ 86 no final de outubro. Em seu encontro virtual, o presidente dos EUA, Joe Biden, e o líder Chinês, Xi Jinping, discutiram utilizar suas reservas estratégicas de petróleo, com intuito de aliviar a pressão nos preços de energia. Porém, ainda sem nenhuma decisão final.

Nos Estados Unidos, falta mão de obra e os olhos esperam um novo “chefão dos juros”. O total de novas construções residenciais nos Estados Unidos contraiu mais do que o esperado em outubro, refletindo principalmente a escassez de matérias-primas (que temos falado bastante por aqui), mas também de mão de obra. Com a agenda mais esvaziada de indicadores hoje, a divulgação semanal de novos pedidos de seguro desemprego fica no radar para sinais sobre o mercado de trabalho no país.

Ah, vale lembrar que, como falamos ontem, o presidente Joe Biden deve decidir a próxima pessoa que será presidente do Fed (Banco Central americano) até o feriado de Thanksgiving (ação de graças), na próxima quinta-feira, dia 25 de novembro. A troca de comando do BC da maior economia do mundo acaba importando para o mundo todo, dado a importância da gestão da política monetária (juros e outros instrumentos) por lá nos mercados americano e global.

Na China, a bolsa encerrou seu último pregão no negativo, por conta de resultados abaixo do esperado reportados por empresas de tecnologia. Além disso, a “novela” da incorporadora chinesa Evergrande vai para mais um capítulo: a empresa anunciou a venda da sua participação na empresa de serviços de transmissão HengTen para dar suporte ao pagamento de suas dívidas.

Nas horas vagas

Se vacine! Aliás, não espere uma hora vaga, e sim vá quando completar cinco meses que você tomou a segunda dose (ou dose única) de vacina contra a Covid-19.

O Ministério da Saúde anunciou que todos os brasileiros com mais de 18 anos estao aptos a tomar uma terceira dose do imunizante, sendo os calendários criados pelas secretarias de cada Estado e município. O Governo de São Paulo seguiu o anúncio federal, e já anunciou que irá oferecer a dose adicional a partir de hoje.

Confira mais informações aqui.

Elaborado por:

Bruna Sene, CNPI-T 6928

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