No começo do mês, falamos aqui que historicamente, setembro é um mês desafiador e por isso o “Efeito setembro” é tão conhecido. Não a toa, usar de título “Wake me up when September ends”, que parece super criativo, na verdade é muito comum em relatórios de análise.

Mas setembro acabou. Hora de acordar. Ou seria melhor apertar o snooze (vulgo, soneca) 1 milhão de vezes, como eu faço todos os dias, e fazer uma nova música “Wake me up when October ends”?

Isso porque esperamos mais volatilidade nesse próximo mês, devido principalmente à aproximação das eleições americanas, incerteza quanto aos novos casos de coronavírus e seus impactos sobre restrições de atividade e por fim, não menos importante, a contínua preocupação fiscal no Brasil.

Apesar disso, mantemos nossa visão positiva para a bolsa no longo prazo. Com a Selic a 2% ao ano (e mesmo que suba para 3% até o final de 2021, como esperamos), a bolsa continua sendo um investimento muito atrativo. Vale também lembrar que ela é composta pelas melhores empresas do mercado, com poder de consolidação e crescimento, se diferenciando fortemente das empresas da “economia real”.

Além disso, só de pensarmos na migração de renda fixa para renda variável pelos próprios investidores brasileiros, há um potencial de R$1 trilhão de fluxo – dos R$7,0 trilhões investidos em Renda Fixa, quase R$1 trilhão estão na poupança, enquanto os fundos Multimercados e Fundos de Pensão brasileiros, seguem com uma alocação em Bolsa abaixo da histórica.

Mas como escolher as ações para investir dentro de tantas opções?

Como a Júlia, nova analista quantitativa do time, disse: na bolsa de valores brasileira há hoje mais de 300 ações listadas, enquanto nos EUA há mais de 2 mil. No mundo, são mais de 600 mil ações!

Ou seja, é humanamente impossível analisar todas as empresas do mundo. Se filtrarmos só as ações do índice Ibovespa, com 77 papéis, já seria muita coisa para uma pessoa só analisar. É aí que entra a análise quantitativa.

O uso de métodos matemáticos muitas vezes nos mostra o que não conseguimos ver ‘a olho nu’: correlações entre ações, padrões de comportamento, tendências de mercado e estratégias para maximizar retornos.

Ou até quais são as ações “preferidas” dos gestores e analistas de mercado, mapeando a bolsa inteira. É isso que trazemos na nossa primeira seleção quant: All-Star Rico!

Nas últimas duas semanas, o Ibovespa caiu 6,2%, mas houve quem foi na contramão. Das All-Stars, Unidas e Localiza foram os grandes destaques positivos desse período, subindo 9,4% e 7,3%, respectivamente, seguindo o anúncio de fusão das empresas no dia 23 de setembro (a ser aprovado ainda).

A Reach Capital, que possui Unidas em suas estratégias, já gostava há muito tempo do setor de locadoras de veículos pela grande oportunidade de crescimento. Segundo eles, a Unidas já gerou muito valor com outras fusões, provando que a escala é muito importante nesse negócio.

Por isso, acreditam que a fusão entre Localiza e Unidas tem um grande potencial de destravar valor. A gestora vê como principal risco o CADE inviabilizar a operação, porém acreditam que a autarquia deve permiti-la, com a possibilidade de algumas ressalvas que não trariam problemas à operação.

A seleção All-Star de setembro (do dia 15) mostra que a exposição média dos gestores no setor de locação de veículos é de 8%. Do lado dos analistas do mercado, nessa mesma data, 100% recomendavam compra em Unidas e 68% em Localiza.

Olhando no curto prazo, segundo a análise técnica do nosso analista Evandro Lima da última segunda-feira (28), ambas ainda apresentam tendência de alta, apesar da performance das últimas semanas. Aos assinantes da All-Star, a análise técnica é atualizada toda segunda-feira – detalhes como preço de entrada e saída são disponibilizados. Para fazer parte dessa Liga, só clicar aqui.

Além disso, todo 5º dia útil do mês, apresentamos a nossa carteira de FIIs, as ações que gostamos com visão de médio-longo prazo, assim como o detalhe da tese de cada uma e as Top pagadoras de dividendos gratuitamente para quem tem conta na Rico.