Na semana passada, fizemos uma analogia futebolística para mostrar a importância da reserva de emergência na sua carteira, colocando-a como um “goleiro” no seu time de futebol. Mas já que começamos a escalação pelo camisa 1, resolvi contar como montamos a nossa “Seleção Brasileira dos Investimentos“, indo do guarda redes até o camisa 9 “fazedor de gols”.
Se você não entende nada de futebol, fique tranquilo: o principal aqui é mostrar como é importante ter uma carteira equilibrada e diversificada. Assim como no esporte bretão, se você pensar apenas em “fazer gols” e não cuidar da sua defesa pode acabar levando uma goleada histórica (#7a1feelings).
Antes de escalar os jogadores de linha, vamos lembrar o que falamos semana passada sobre a reserva de emergência:
“Pensando na sua carteira de investimentos como um time de futebol, a reserva de emergência jamais será a estrela do time ou o “Camisa 10”. Ela está mais para um goleiro: mesmo que ele passe um jogo inteiro sem tocar na bola, é fundamental que ele esteja lá protegendo o seu gol, para que seu time fique à vontade de atacar em busca dos três pontos, digo, da rentabilidade positiva.” E como dissemos, o nosso goleiro predileto para a seleção é o fundo Trend DI Simples: tem objetivo de entregar 100% da Selic, tem taxa zero e liquidez imediata.
Agora se todos os 13 leitores desta coluna me permitem, vestirei meu chapéu de “professor Tite” e montarei a seleção brasileira de investimentos da Rico:
Zagueiros: proteção em primeiro lugar
Logo na frente do goleiro, temos os zagueiros e os laterais para reforçar a segurança. Eles possuem como foco a proteção mas são um pouco mais ‘arriscados’ que a reserva de emergência.
Escalei no miolo de zaga ativos de renda fixa pós-fixada. Aqui eu gosto de fundos de investimento como o JGP Corporate ou o Polo Crédito Corporativo. Você também pode investir diretamente em papéis como CDBs, CRIs e CRAs, mas nesse caso eu faria apenas se você não precisará fazer nenhum resgate antes do vencimento.
Nas laterais, podemos colocar defensores que também sabem atacar. Pra mim a melhor combinação são os títulos indexados à inflação, pois garantir um ganho acima da inflação e vem junto com uma taxa prefixada. São ativos que terão mais volatilidade de preço, mas se olhar para o longo prazo são excelentes opções. Gostamos aqui das Debêntures Incentivadas, que têm a vantagem de serem isentas de IR para a pessoa física. Mas certifique-se de que o emissor da debênture é de confiança – zagueiro não pode te deixar na mão.
Meio-campo: do volante ao camisa 10
Aqui é a posição mais versátil do time: temos aqueles meio-campistas que ficam mais na proteção, mas temos também o “camisa 10”, que leva a bola ao ataque e deixa os atacantes em posição de fazer o gol. Por ser uma região do campo que exige várias qualidades, nada melhor do que escalar fundos multimercados nesta zona.
Os multimercados têm licença para fazer “quase tudo” no mercado: podem investir em bolsa, renda fixa, moedas, commodities, tanto na ponta compradora quanto na vendedora (quando você lucra com a queda de preço deste ativo).
Assim como no futebol, temos os multimercados com histórico mais defensivo e os multimercados que são mais famosos por atacar. É dessa forma que vamos escalar nossa seleção, colocando os fundos mais defensivos como “volantes” e os fundos agressivos ficando mais próximo dos atacantes.
Mais atrás, eu gosto de volantes ao estilo Casemiro, que sabem muito bem defender mas também conduzem a bola ao ataque. Na Rico, eu escolheria os fundos da Absolute neste grupo – Absolute Alpha Global e Absolute Vertex. Fundos mais equilibrados, são menos ofensivos do que a média da indústria mas sabem fazer gol quando chegam no ataque.
Mais a frente, eu escalaria Legacy Capital Advisory e o Giant Darius, dois fundos bem diferentes (o primeiro é multimercado ‘raiz’, o outro é um fundo quantitativo) e por isso mesmo trazem maior diversidade de jogadas para o time. O Legacy poderia ser um camisa 10 clássico, como Ronaldinho Gaúcho ou Djalminha, enquanto o Giant Darius poderia ser um jogador mais versátil, como o Philippe Coutinho ou a nossa rainha Marta.
Ataque: teremos que escalar um ‘gringo’
Aqui estão os jogadores que vão para cima buscar a rentabilidade mais expressiva, que vão buscar sempre fazer o gol mas odeiam quando alguém grita “volta pra marcar”. Será a parcela mais arrojada da sua carteira. Nossa dupla de ataque não tem segredo: Renda Variável Brasil + Investimento Internacional (sim, vamos ter um gringo na nossa seleção canarinho).
Dentre os brasileiros, escalaria com a “camisa 9” fundos como Sharp Long Biased, Dahlia Total Return e Brasil Capital 30. Ao lado dele, o fundo Trend Bolsa Americana Dólar é uma excelente forma de diversificação, não apenas por se expor às empresas norte-americanas como também por colocar uma parcela do seu investimento em dólares.
TODOS OS FUNDOS CITADOS ACIMA ESTÃO NA PLATAFORMA DA RICO!
IMPORTANTE: a aplicação mínima inicial destes fundos vai de R$ 500 para até R$ 10 mil.Se você não tem essa quantia para montar um time diversificado, não se preocupe: os fundos da família Selection são a melhor forma de você montar uma seleção com pouco dinheiro.
Ao comprar a cota do fundo Selection, você está comprando um pedaço de uma carteira com vários outros fundos de muita qualidade. A aplicação inicial de todos eles é de apenas R$ 500.
Na defesa, coloque o fundo Selection Renda Fixa. No meio-campo, o Selection Multimercado. No ataque o Selection Long Biased e Selection Ações, junto com o Trend Bolsa Americana Dólar (que também tem 500 reais de aplicação mínima).
Conclusão:
É importante ter todos os setores do time na sua escalação, em maior ou menor proporção, conforme você for mais “retranqueiro” ou gosta mais daquele futebol arte ofensivo. Quanto mais jogadores no ataque, mais ofensivo você fica e menos protegido seu time é, vice-versa.
Na nossa visão, investimento é um “campeonato de pontos corridos”, logo a consistência nos resultados é mais importante que tentar golear todas as partidas, ou buscar o máximo de rentabilidade o tempo todo.
Gostamos de equilibrar o time, queremos conquistar os três pontos nas partidas, mas sem correr risco desnecessário e assim acabar colocando o resultado do campeonato em xeque.
Sua carteira de investimentos deveria ser um “calmante” para você na hora de dormir, e não ficar tirando seu sono. A gente já sofre pelo nosso time do coração, não precisamos sofrer também com nossos investimentos.
Esse é o Rico Matinal de hoje, relatório diário escrito pelos analistas da Rico Thiago Salomão, Matheus Soares e Lucas Collazo e disponível a todos os nossos clientes.