- Se na vida a única certeza que temos é a da morte, poucos planejam esse gasto inevitável.
- Além de um momento delicado para quem fica, lidar com as despesas (nada baratas) de um funeral pode ser bem mais fácil com o devido planejamento financeiro.
- Nesse texto, confira quais são os principais custos de um funeral e como se organizar para essas despesas
(Por: Camille Pinto e Antonio Sanches)
Ninguém está preparado para a morte. Para além dos clichês de que chegará para todos e que é a única certeza que temos, encarar a própria morte costuma ser algo difícil e doloroso. Por isso, a maioria de nós evita sequer pensar no assunto e torce para que demore a chegar.
O problema é que chega. Independentemente do que nos espera do outro lado, podemos imaginar o que aguarda aqueles que ficam. Apesar de a tristeza e perda não poderem ser remediadas, as preocupações de todas as naturezas, inclusive financeiras, podem ser evitadas com planejamento.
Existem movimentos que visam antecipar conversas relacionadas à morte, não somente em relação às finanças, mas também preferências de cada um. Isso pode significar tanto expressar vontades sobre os momentos finais como também o que a pessoa gostaria que fosse feito logo após a própria morte, como optar por cremação ou presença de religiosos, por exemplo.
Longe de ser uma conversa mórbida, apesar de difícil, a expressão de vontades antecipadas nesse tema pode trazer muito alívio para família.
Para além da tristeza, a passagem, como muitos chamam o momento da morte de acordo com a crença, pode ser encarada como um momento belo e considerada uma ocasião para celebração daquela vida do ser amado. Para isso, alguns detalhes podem ser cuidados de forma antecipada.
Como se organizar para essas despesas
Antes de mais nada, se você decidiu que é importante se preparar para esse tipo de situação, é importante estipular um valor-base, seja para deixar uma reserva para parentes ou se organizar para o falecimento de um familiar.
Além disso, é essencial escolher produtos que ofereçam liquidez diária ou prazo curto para resgate, uma vez que, na maioria das vezes, essas situações se apresentam sem nenhum tipo de aviso. Assim, para essa reserva, é melhor optar por um produto que apresente menor rentabilidade relativa, se isso significar maior facilidade e rapidez no resgate.
Um investimento como esse pode ser feito no fundo Trend pós-fixado que terá a rentabilidade próxima à Selic — atualmente em 13,75% ao ano — com o resgate realizado em 1 dia útil após a solicitação.
Outra decisão importante é no nome de quem os valores ficarão guardados. Mesmo se você resolver fazer uma reserva e separar em algum produto de fácil resgate, ainda assim não será possível para a família acessar a quantia sem que haja a formalização da sucessão, o que atrapalharia todo o sentido de garantir uma reserva a ser usada de forma imediata e prática.
A movimentação dos valores em nome da pessoa falecida apenas pode ser realizada dentro da formalidade exigida por lei, dentro de um inventário ou não. Por isso, se a reserva for feita em nome da pessoa falecida, dificilmente poderá auxiliar nos gastos relacionados à cerimônia de despedida.
Assim, é importante pensar qual familiar ou amigo poderá ser o responsável pelas despesas funerárias. Essa informação não pode estar presente apenas em um testamento, se a intenção for a utilização dos valores no momento da despedida. E sim, deverá ser transmitida ainda em vida.
Isso porque os valores que a pessoa detém em vida em uma corretora, por exemplo, farão parte da composição do “espólio” (que corresponde pelo conjunto de bens, obrigações e direitos da pessoa falecida durante o processo de inventário). A realização do inventário, seja judicial ou extrajudicial, é obrigatória em alguns casos previstos em lei.
Por mais que a existência de testamento seja uma facilidade em relação a oferecer a última vontade da pessoa falecida, o documento obriga que seja realizado o processo de inventário pela via judicial. Nesses casos, o juiz realiza, ao menos, a homologação do testamento e seu cumprimento.
No caso de inventário extrajudicial, é muito mais simples que a sucessão seja realizada, bastando que os herdeiros se encaminhem para o Cartório mais próximo munidos de alguns documentos, entre eles a relação de bens da pessoa falecida.
É fundamental entender quais são as limitações e permissões que a lei oferece em relação ao processo sucessório. O fato é que, mesmo nas hipóteses de maior facilidade, sempre consiste em uma opção burocrática e mais demorada.
Quanto custa um funeral?
Em São Paulo, os valores iniciais para cerimônias funerárias são tabelados pela Prefeitura. Dependendo da opção e possibilidade da família, há pacotes que garantem ornamentos, urna e mais outros itens necessários para a despedida.
O preço do pacote na capital paulista, incluindo os principais serviços funerais, como urna/caixão, carro para remoção, enfeites e taxa de sepultamento, começa em R$ 4.724,50 e pode ultrapassar R$ 20 mil.
Como você pode ver, é um valor bastante elevado, em especial quando não há um planejamento por trás. Apesar de existirem algumas possibilidades de redução, como a comprovação de carência, através de declaração de pobreza, e a doação de órgãos, que garante desconto e gratuidade em alguns desses serviços para o doador, é fato que o valor É elevado para a realidade da maioria dos brasileiros.
Após a cerimônia, outro ponto que impacta bastante é a escolha por cremação ou enterro, já que, no segundo caso, é necessário providenciar um espaço em cemitério, denominado jazigo. Essa costuma ser a parte mais cara da despedida, e o planejamento faz toda a diferença, porque os valores para uso imediato do espaço tornam-se muito superiores, em relação às aquisições antecipadas.
Em São Paulo, não é raro que a aquisição de um jazigo com um ou três espaço ultrapasse R$ 30 mil em cemitérios particulares.
Novamente, é possível realizar o serviço de forma gratuita para quem não consegue arcar com os custos, mas as opções se tornam bem limitadas e condicionadas à existência de vagas em cemitérios municipais e estaduais.
Plano funerário e seguro – diferenças e possibilidades
Em razão dos elevados valores, muitas pessoas optam por fazer planos funerários, pagando pequenas taxas mensais para garantir assistência para seus familiares neste momento. Esses planos costumam oferecer a possibilidade de incluir parentes de 1º grau, desde que dentro de determinada idade.
É importante conferir com muito cuidado o contrato oferecido por esse tipo de plano, pois nele podem constar itens e serviços para além ou aquém dos necessários, causando mais gastos inesperados no infeliz momento de seu uso.
Outra possibilidade é a realização de um seguro, seja ele específico para auxiliar nas despesas fúnebres ou um seguro de vida que ofereça o benefício. Nesse caso, deve-se prestar atenção às cláusulas que permitem o uso e quais são as exceções presentes.
Muitas pessoas se viram, por exemplo, sem a cobertura do seguro na pandemia, pois o evento constava entre as hipóteses excluídas no contrato. Embora existam circunstâncias difíceis de prever, pontos como: causa da morte, prazo para pagamento, beneficiários possíveis e eventuais descontos devem estar no radar de quem opta por esse tipo de serviço.
O que acontece com meus investimentos?
Pensando na sucessão de seu próprio patrimônio, caso algo aconteça com você, seus investimentos continuarão investidos em sua corretora ou banco até que seja iniciado o processo de divisão de seus bens.
O mais comum é um familiar ser nomeado para conduzir esse processo, tendo assim que decidir entre liquidar todos os investimentos para que seja feita a divisão do valor ou realizar o processo de transferência de custódia desses investimentos para os devidos herdeiros.
Existe outra opção para facilitar esse processo: a contratação de um fundo de previdência. Porém, antes de falar sobre um fundo de previdência, vale explicar o que é um fundo de investimento.
Um fundo de investimento é um serviço do mercado financeiro onde você delega seu dinheiro a um gestor profissional, que irá realizar investimentos em uma determinada classe de ativo, como renda fixa, renda variável e outros. O objetivo desse gestor será alcançar a maior rentabilidade possível dentro das regras de investimento desse fundo para todos os cotistas (como são chamados os seus investidores).
Por sua vez, fundo de previdência compartilha muitas características com esse serviço, porém com algumas vantagens tributárias. Entre elas, a possibilidade de nomear um ou mais beneficiários que receberão esse patrimônio após seu falecimento, sem a realização do processo do inventário. Desta forma, além de uma economia com custos tributários, você também terá liberdade de nomear um beneficiário independente de seu parentesco.
Ou seja, com uma previdência privada, além de delegar a gestão de seu patrimônio, você também facilita e acelera o seu processo de sucessão. Confira mais sobre previdência privada aqui.
Elaborado por:
Bruna Sene, CNPI-T 1847
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