- Atualizamos nossa carteira recomendada de Fundos Imobiliários
- Nesse mês, trago a história de Joel Greenblatt para lembrar como é importante seguir uma metodologia para otimizar os resultados esperados
- Nossa carteira segue superando o resultado do IFIX ( Índice dos Fundos imobiliários), e esse mês adicionamos um FII que se beneficia da alta da taxa de juros.
Caros 13 leitores, como talvez vocês já saibam, todo início de mês nós divulgamos as carteiras recomendadas da Rico. Uma delas é a carteira gratuita de Fundos Imobiliários – os famosos FIIs, que foi atualizada na última quinta-feira.
O processo dessas carteiras sempre me lembra uma palestra de um grande investidor dos EUA chamado Joel Greenblatt, na qual ele conta sobre uma metodologia que criou para superar a rentabilidade do mercado americano de ações.
A estratégia de Greenblatt
Greenblatt criou uma fórmula que leva em consideração 2 indicadores do mercado financeiro. O primeiro mede o “retorno do capital” – ou seja, a capacidade da empresa de gerar mais retorno a partir do capital que tem disponível. Já o segundo mede o “resultado dos rendimentos” – a relação entre o lucro da empresa e seu valor de mercado.
Trazendo isso para um exemplo do dia a dia (e para o mercado imobiliário, que é nosso foco): imagine que você ganhou uma casa e quer vendê-la, mas não sabe exatamente o seu real valor. Uma forma de estimar seu preço seria procurar casas similares vendidas na vizinhança. Outra seria entender quanto de aluguel você conseguiria por ano nessa casa, para estimar quanta renda futura poderia ser gerada com esse investimento.
Esses são exemplos de indicadores que podem ser utilizadas para amparar a decisão sobre comprar ou vender uma casa.
Voltando para a metodologia de Joel, as ações eram analisadas com base nos dois indicadores (retorno do capital e resultado dos rendimentos), sendo ranqueadas da melhor para o pior. Após isso, o ranking de cada ação nos dois indicadores era somado. A carteira, então, seria montada com base nas 30 ações que apresentassem as menores notas, seguindo o ranking final.
Isso é o que chamamos de carteira de investimentos quantitativa. Nela, as decisões de alocação são tomadas de acordo com uma metodologia matemática. No caso de Joel, a análise quantitativa era também combinada a uma análise qualitativa dos indicadores a serem utilizados. Ou seja, uma carteira com estratégia quantitativa de alocação, com um filtro fundamentalista na seleção dessas.
A fórmula conseguiu vencer o mercado americano no longo prazo.
Mas nem tudo foram flores
Greenblatt criou um site para disponibilizar a lista de ações que estariam no topo do seu ranking, para que os investidores pudessem montar sua carteira por conta própria seguindo a sua metodologia — algo parecido com a proposta das nossa seleções Estrelas.
Porém, muitos investidores acabaram fazendo uma nova seleção dessas empresas, mas utilizando análises qualitativas próprias – chegando, portanto, a rankings diferentes. O resultado? Os investidores que adicionavam esse filtro qualitativo “próprio” nas empresas selecionadas por Joel apresentaram um resultado menor.
Isso ocorreu porque a estratégia de Joel consistia em encontrar empresas baratas, com alta capacidade de gerar renda e montar uma carteira diversificada o bastante para que alguns casos de sucesso fossem responsáveis pela alta rentabilidade da carteira, mesmo que parte das empresas tivesse desempenho abaixo do mercado. Ou seja, investidores que quiserem copiar a estratégia “adicionando uma colher a mais de sal” não foram capazes de acertar a receita.
Metodologia traz resultados: nossa carteira de FIIs de outubro
O que toda essa história tem a ver com seus investimentos em FIIs? Esse exemplo mostra que a criação de uma carteira sempre segue uma metodologia, que deve ser respeitada.
No caso da carteira recomendada de FIIs, cada nome está lá por um motivo, assim como o percentual indicado – que é calculado para criar uma relação entre Risco e Retorno equilibrada. Pense nessa carteira como uma receita de bolo: mudar muito os ingredientes pode dar dor de barriga.
Nesse texto, explico um pouco dos filtros fundamentalistas que fazemos antes de selecionar quais FIIs entrarão em nossa carteira de acordo com a metodologia. E foi seguindo uma metodologia consistente que nossa carteira recomendada de FIIs tem superado o IFIX (principal índice dos fundos Imobiliários), com um resultado em doze meses de -0,4% (contra -4,4% do IFIX).
Nesse mês, adicionamos um fundo que se beneficia de uma Selic mais alta – considerando o atual processo de elevação da nossa taxa básica de juros.
Agora, caso você não goste de seguir uma receita de bolo e prefira ter uma carteira própria, não deixe de conhecer nosso serviço Análise Mensal de Fundos Imobiliários, que avalia suas posições nessa classe de ativos e traz indicações dos nossos especialistas para melhorias.
Elaborado por:
Bruna Sene, CNPI-T 6928
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17) O investimento em Mercados Futuros embute riscos de perdas patrimoniais significativos. Commodity é um objeto ou determinante de preço de um contrato futuro ou outro instrumento derivativo, podendo consubstanciar um índice, uma taxa, um valor mobiliário ou produto físico. É um investimento de risco muito alto, que contempla a possibilidade de oscilação de preço devido à utilização de alavancagem financeira. A duração recomendada para o investimento é de curto prazo e o patrimônio do cliente não está garantido neste tipo de produto. As condições de mercado, mudanças climáticas e o cenário macroeconômico podem afetar o desempenho do investimento.
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