Resumo do dia: Esperança na retomada e nas reformas
Mercados globais em alta nesta quarta-feira na expectativa de que dados dos Estados Unidos tragam boas notícias sobre o nível de emprego local. Futuros do S&P, Dow Jones e Nasdaq sobem entre 0,7% e 1,1% nesta manhã e o Stoxx 600 na Europa tem alta acima de 2%.
Esperança na retomada. Além dos números de desempregos nos EUA, que podem indicar retomada do setor privado, hoje o banco central americano (Fed) divulga seu Livro Bege, que traz detalhes sobre a saúde econômica do país.
Também renovaram-se as expectativas para a aprovação de novos estímulos à economia local depois de o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, pediu que o Congresso aprove um pacote de US$ 1,5 trilhão, o qual Trump estaria disposto a aceitar.
Esperança nas reformas. O Ibovespa fechou em alta expressiva de 2,8% ontem, apesar do PIB historicamente negativo (-9,7% ano a ano), com promessa de envio da reforma administrativa e a definição da prorrogação do auxílio emergencial em R$ 300 até o fim do ano, além de uma mensagem em respeito ao teto de gastos por Congresso e Governo em evento.
Insight Rico: O “efeito setembro”
(por Betina Roxo)
Depois que as bolsas americanas desafiaram a gravidade em agosto (que historicamente é um mês negativo) e renovaram máximas, chegou a hora de olharmos para setembro, que também costuma ser complicado 👻.
Antes de te dizer o porquê desse nome sombrio e nebuloso “efeito setembro”, vamos só lembrar que agosto foi uma grata surpresa! Infelizmente, não podemos dizer isso sobre o Ibov, já que o índice da bolsa brasileira caiu 3,4% no mês…
Mãããs, como nós, caros 13 leitores, somos investidoras e investidores com carteiras diversificadas, ficamos felizes sim pela performance positiva dos nossos amigos gringos, cujos índices Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq subiram 7,6%, 7,0% e 9,6%, respectivamente, em agosto.
Só que aí é que tá: desde 1950, o Dow Jones teve uma queda média de 0,8% no mês de setembro, enquanto o S&P 500 registrou uma queda média de 0,5%.
O “efeito setembro” não se limita às ações dos EUA, mas está associado à maioria dos mercados mundiais. Alguns atribuem o movimento ao viés comportamental sazonal, uma vez que os investidores mudam suas carteiras no final do verão para fazer caixa.
Outra teoria aponta para o fato de que os meses de verão costumam ter baixos volumes negociados, já que um bom número de investidores costuma tirar férias e se abster de negociar ativamente suas carteiras.
E assim que o outono começa e esses investidores voltam ao trabalho, eles de fato se desfazem das posições que planejavam vender, aumentando a pressão de venda.
Além disso, muitos fundos mútuos experimentam o fim do ano fiscal em setembro. Os gestores desses fundos, em média, normalmente vendem posições perdedoras antes do final do ano, e essa tendência é outra explicação possível para o fraco desempenho do mercado em setembro.
Efeito setembro atacará novamente?
Já superamos o primeiro dia desse “terrível” mês, com os mercados, tanto lá fora quanto aqui no Brasil, em alta. Porém, nos questionamos se os ganhos recentes podem continuar no outono do hemisfério norte (ou, no caso, primavera aqui para nós do hemisfério sul).
Isso porque todo o otimismo do mercado ainda tem que passar por algumas provas nos próximos meses, incluindo a própria incerteza quanto ao coronavírus e a questão fiscal aqui no Brasil.
Além disso: (i) em meados de setembro teremos reunião dos legisladores do Federal Reserve – vamos ver se teremos “mais ações ou estímulos” depois que Jay Powell revelou a nova abordagem do Fed para a inflação que permitirá ultrapassagens e manterá os juros mais baixos por mais tempo e (ii) eleição nos Estados Unidos em novembro – a disputa acirrada entre Donald Trump e Joe Biden pode elevar a volatilidade no mercado.
No Brasil, o cenário político será de continuidade das discussões sobre os limites de despesas do governo e a pressão sobre o teto de gastos. O presidente e sua equipe econômica vão se dedicar a formatar um desenho para o Renda Brasil — programa de transferência de renda que vai substituir o auxílio emergencial — que, ao mesmo tempo que contemple os objetivos de Bolsonaro, caiba dentro do teto de gastos e seja palatável para o Congresso. A equação não é de fácil solução, e as chances de atritos são grandes.
“Todos temos os mesmos dados a respeito do presente e a mesma ignorância no que diz respeito ao futuro.” – Howard Marks
E agora? Quem poderá me defender?
Direto e reto:
1. Uma carteira coerente com o seu perfil de investidora ou investidor
2. Uma carteira diversificada entre classes de ativos, geografias e setores
3. Horizonte de investimento bem alinhado com os seus objetivos
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