Poucos cliques e uma refeição na sua porta

Chega o final da semana, sexta à noite, e bate aquele cansaço depois de uma intensa rotina. Nesse “mood”, muitas vezes, nem mesmo sair de casa é uma opção; o foco é descansar. Nesse momento, surge um dilema comum entre os brasileiros hoje em dia: “o que irei jantar?”. Com esse questionamento, sempre vem junto a opção queridinha de muitos: o delivery!

A facilidade de, em poucos cliques, conseguir pedir uma refeição pronta a qualquer momento tem se tornado uma opção que prevalece em relação a ir para restaurantes ou cozinhar em casa, muitas vezes pela praticidade ou pela falta de tempo em uma rotina agitada.

Segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), 76% dos brasileiros utilizam os serviços de delivery e, para quase 70% desse grupo, a frequência varia entre duas e cinco vezes por mês.

Desde 2019, o delivery tem sido uma opção cada vez mais presente no dia a dia das pessoas. De acordo com um estudo da consultoria Kantar, divulgado em 2022, o serviço de delivery para pedir comida passou de 80% para 89% no Brasil em três anos e, além disso, o estudo destaca que os brasileiros fazem, em média, um pedido a cada duas semanas.

Mas existem osheavy buyers”: consumidores com perfil entre 25 e 34 anos, moradores de áreas urbanas e com maior poder aquisitivo, que fazem pedidos mais de uma vez por semana. O crescimento desse grupo foi de 66% entre 2020 e 2022 na América Latina. Você se considera parte desse grupo?

Falando mais do Brasil, os pratos mais pedidos via delivery incluem hambúrgueres, pizzas e massas. Porém, percebe-se uma mudança de hábitos: o consumo de refeições completas por delivery é mais frequente do que o de lanches. Como principal motivação, os consumidores priorizam a conveniência, sendo que 70% dos pedidos são motivados por evitar cozinhar.

Como meios para realizarem os pedidos, 66% dos “heavy buyers” utilizam plataformas especializadas em delivery. No entanto, um destaque surpreendente fica para o WhatsApp: 40% de todos os consumidores utilizam o aplicativo para fazer pedidos e, em 2022, ele representou 15% do total de pedidos de delivery no Brasil.

E quanto sai essa conta?

O estudo da Kantar divulgou que os consumidores estão gastando 15% a mais por refeição em relação ao período pré-pandemia da COVID-19. Esse número reflete o aumento das escolhas mais “premium”, como itens mais caros ou a inclusão de mais variedades em um único pedido.

Outra curiosidade é que os consumidores brasileiros valorizam fortemente promoções: 75% dos “heavy buyers” buscam descontos diretos ou programas de fidelidade para incentivar a recorrência. No entanto, ainda assim, o custo de se “mimar” com o delivery é salgado para o orçamento. Segundo um levantamento feito pela empresa de vale-refeição Ticket, o custo médio dos pedidos no Brasil é de R$ 66,21, valor 12,5% superior aos R$ 58,86 gastos indo diretamente ao restaurante.

Como otimizar esse custo?

Substituir os pedidos via delivery por refeições caseiras pode ajudar a criar uma rotina mais equilibrada e com menos exageros. Além da possibilidade de melhorar os hábitos alimentares, essa troca também pode impactar positivamente o seu controle de gastos e seus investimentos.

Vamos supor que uma pessoa utilize o serviço de delivery uma vez por semana, com o custo médio de R$ 66,21. Nesse exemplo, temos um custo total de R$ 264,84 no mês. Vale reforçar que estamos considerando somente uma refeição na semana, excluindo os gastos com supermercado e com as demais refeições do dia a dia.

Fazendo uma comparação com o salário-mínimo atual de R$ 1.412,00, esse custo representa cerca de 18,76% do total. Ou seja, é um espaço bastante relevante no orçamento se levarmos em conta os demais gastos que uma pessoa tem no mês.

Agora, vamos imaginar que uma pessoa decida mudar os hábitos e, ao invés de quatro vezes, somente consumirá delivery uma vez no mês; a economia será de R$ 198,63. Com esse valor, é possível fazer muitas coisas, concorda?

E se esse valor for investido?

Indo além em nossa análise, imagine que os R$ 198,63 não sejam gastos, mas sim investidos. Quanto será que renderiam em 1, 2 ou 3 anos? Fizemos uma simulação onde esse valor é aportado mensalmente durante esses três períodos, considerando quatro tipos de investimentos, tendo como base a atual taxa Selic de 11,25% ao ano.

InvestimentoRentabilidade ao mês (bruta)1 ano2 anos3 anos
Poupança*0,57% R$  2.459,90 R$  5.093,84 R$  7.914,14
Selic 20290,89% R$  2.496,61 R$  5.231,52 R$  8.244,98
CDB 110%0,98% R$  2.508,46 R$  5.282,15 R$  8.369,10
LCI/LCA 90%0,81% R$  2.492,67 R$  5.238,71 R$  8.263,89
*Taxa da poupança considerada: 0,5713% com a Taxa referencial de 0,0709% 

Como é calculada a taxa da poupança?

A rentabilidade da poupança é calculada com base na taxa Selic e é diferente em dois cenários:

  • Quando a Selic está acima de 8,5% ao ano, a poupança rende 0,5% ao mês mais a variação da TR (Taxa Referencial) – como é atualmente.
  • Se a Selic está igual ou abaixo de 8,5%, a rentabilidade é de 70% da Selic mais a TR.

O rendimento é creditado mensalmente e não há incidência de Imposto de Renda para os poupadores.

Os valores acima são líquidos, descontado de IR. Mas então, o que você acha que vale mais a pena: ter mais de R$ 8.000,00 em 3 anos para conquistar outros sonhos, ou pedir delivery toda semana?

Vamos fazer uma simulação trazendo como exemplo o grupo chamado “heavy buyers”, aqueles que consomem via delivery mais de uma vez por semana. Se levarmos em consideração o gasto de R$ 66,21 duas vezes por semana, são R$ 529,68 totais em um mês, destinados a essa finalidade no orçamento.

Assim, depois de perceber o alto valor gasto, um consumidor “heavy buyer” hipotético decide priorizar as refeições feitas em casa e usa o delivery apenas duas vezes no mês, economizando R$ 397,26. Como renderia esse valor investido ao longo de 3 anos? Confira na tabela abaixo:

InvestimentoRentabilidade ao mês (bruta)1 ano2 anos3 anos
Poupança*0,57% R$  4.919,80 R$  10.187,68 R$  15.828,28
Selic 20290,89% R$  4.993,22 R$  10.463,04 R$  16.489,96
CDB 110%0,98% R$  5.016,92 R$  10.564,31 R$  16.738,21
LCI/LCA 90%0,81% R$  4.985,34 R$  10.477,43 R$  16.527,79
*Taxa da poupança considerada: 0,5713% com a Taxa referencial de 0,0709% 

Um montante de pouco mais de R$ 16.000,00 líquidos, ou seja, já desconsiderando o imposto de renda, em 3 anos, não é nada mal, concorda? Fazer a troca de um prazer momentâneo pela construção de patrimônio e a possibilidade de utilizar esse valor em novas experiências, como viagens, cursos, entre outros tipos de lazer, pode fazer muito sentido.

O ideal é colocar na balança e entender quais são suas prioridades.

Imagina só deixar de pedir comida japonesa toda semana e poder se organizar para experimentar o sushi diretamente no Japão. Que demais que seria!

E, olhando a longo prazo, a disciplina dos investimentos mensais é muito importante quando falamos em rendimentos exponenciais. Pensar no futuro é fundamental quando nos planejamos financeiramente, e saber economizar onde é possível no dia a dia faz toda a diferença.

Como começar?

Todos os meses, divulgamos nossa carteira de renda fixa, uma classe de investimento muito importante para quem quer dar os primeiros passos nesse mundo. Além disso, é característica da renda fixa ter opções mais conservadoras e estáveis; dessa forma, é possível encontrar o investimento que mais se adequa ao seu perfil. Confira nossa recomendação atualizada neste link.

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