- Viajar pelo globo é uma das nossas maiores saudades em tempos de pandemia
- Mas, enquanto não podemos passear pelo mundo, o nosso dinheiro pode — e recomendamos que faça!
- No primeiro texto da série Mochilão Rico, conheça as possibilidades de investimentos disponíveis para nós, brasileiros, nos Estados Unidos, a maior economia do planeta.
Os(as) 13 leitores(as) do Rico Matinal já estão carecas de saber: uma carteira de investimentos completa tem diversificação internacional — ou seja: investimentos em vários países.
Todos os meses, incluímos indicações desse tipo de investimento nas nossas carteiras recomendadas (confira as conservadoras, moderadas e agressivas de junho), e inclusive sugiro que você abra em outra aba esse painel que a XP organizou essa semana explicando como montar uma carteira internacional para assistir depois.
Só que, aqui, a gente pode até dar o peixe às vezes, mas também ensina a pescar. Para ajudar você a entender tudo sobre as diversas formas de investir em outros países, começa hoje a nossa série Mochilão da Rico, onde pegaremos a estrada e exploraremos as principais maneiras de investir em outros mercados fora do Brasil.
Hoje, faremos uma viagem no estilo “Rota 66” nos Estados Unidos (bom, na verdade uma adaptação dela) para aprender a investir de Wall Street ao Vale do Silício. A ideia é mostrar como você pode investir na maior economia do mundo sem precisar sair de casa.
Rota 66? É a rodovia mais famosa do mundo. Desde 1926, ela conecta Chicago a Los Angeles, cortando os estados de Illinois, Missouri, Kansas, Oklahoma, Texas, Novo México e Califórnia em 3.940 km de “American Culture”. Em 1984 ela foi desativada e, posteriormente, passou a ser chamada de “Histórica Rota 66”.
Primeira parada: Nova York
Sim, eu sei, Nova York não faz parte da Rota 66, mas podemos considerar aqui que pegamos um voo direto para o estado mais badalado dos EUA? Assim, não precisamos deixar de fora o grande centro financeiro do país (e do mundo): Wall Street. É aqui que fica o “grosso” das alternativas de investimentos, incluindo a NYSE (New York Stocks Exchange, a bolsa de valores de Nova York).
Por ser o lar do touro que representa o “bull market”, o local que atrai companhias de todo o globo em busca de investidores, vamos usar Nova York aqui como o nosso destino para investir em ações especificamente. E como acessar a Bolsa americana sem sair do Brasil? Vamos às alternativas:
BDRs
É a forma “pura” de investir em ações estrangeiras a partir da Bolsa brasileira. Cada BDR (Brazilian Depositary Receipt) é um recibo que dá direito ao seu proprietário a uma participação na empresa em questão: basicamente, um contrato com lastro em ações.
Qualquer investidor brasileiro consegue acessar centenas de BDRs pela própria B3. É assim a maneira mais simples de ter ações de empresas como Coca-Cola, McDonald’s ou coisas mais saudáveis, como Moderna e Nike. Até empresas brasileiras, como a Stone e a própria XP Inc., escolheram a bolsa americana para listar suas ações.
Além da variação do preço da ação em si, esses recibos oscilam de acordo com a paridade entre o real e a moeda da economia em que essa empresa se encontra (no caso das empresas americanas, a maioria entre BDRs, o dólar). Saiba mais sobre esse mercado aqui e conheça nossas recomendações de BDRs na Seleção Estrelas Globais.
Índices
Se você prefere investir em ações sem precisar montar uma carteira própria (ou por não ter tempo de selecionar ativos e estudar a empresa, ou por preferir aplicar menos dinheiro e ter mais diversificação), também pode investir em ações por meio de ETFs (índices passivos listados em bolsa) e fundos que replicam índices (Dow Jones, S&P 500, Nasdaq…) ou estratégias passivas.
O ETF de Estados Unidos mais famoso aqui no Brasil é o IVVB11, que replica o desempenho do índice S&P 500 (o índice das 500 maiores ações da bolsa de lá). Assim como nos BDRs, investir nesse ETF expõe sua carteira às variações das ações e do dólar. Para investir, você deve acessar o home broker na plataforma da Rico e buscar pelo código do ETF escolhido (acesse essa página para conhecer todos os ETFs disponíveis na B3).
Caso você queira uma exposição menos “radical”, sem correr o risco cambial, aqui na Rico existe o fundo Trend Bolsa Americana, que também acompanha o S&P 500, mas com proteção contra a variação do dólar (hedge cambial). Dá para investir a partir de R$ 100.
Vale do Silício e as Tech mais promissoras do mundo
Ainda no assunto dos índices, vamos dar um pulinho no Vale do Silício? Ao norte da cidade de San Francisco, essa área de 600 quilômetros quadrados é o maior polo tecnológico do mundo. Se você faz pesquisas no Google, usa o Microsoft Outlook e o Zoom no trabalho ou faz compras na Amazon ou no Mercado Livre, por exemplo, já sofre alguma influência dessa região. Não é à toa que San Francisco é, de longe, a cidade com mais bilionários per capita do mundo.
Boa parte das empresas mais inovadoras do mundo fazem parte de um mesmo índice: o Nasdaq 100, que conta com as 100 maiores empresas não financeiras que compõem a bolsa Nasdaq. É uma diversificação que faz bastante sentido para quem só tem exposição à bolsa brasileira, dado que, por aqui, temos muito pouco peso no setor tech.
Para investir no Nasdaq 100 sem sair do Brasil, o caminho é o NASD11, um ETF (acessível via home broker, assim como explicamos na seção anterior) que replica esse índice e foi lançado recentemente pela XP.
Outra solução, com proteção cambial, é o Trend Nasdaq, que você encontra na página de fundos da plataforma da Rico. Ele, assim como o Trend Bolsa Americana que eu já mencionei, faz parte da família Trend, composta por fundos que facilitam a sua vida ao permitir que você invista em estratégias existentes fora do país sem precisar passar por burocracias ou pelo estresse da variação do dólar contra o real em remessas internacionais. É o crème de la crème da diversificação facilitada!
De leste a oeste: a família Trend
Aliás, vamos falar mais dos Trends. Existem outros fundos que também expor sua carteira aos EUA replicando estratégias pré-definidas — várias delas com temas bem interessantes. Para dar alguns exemplos:
- O Trend Lideranças Femininas, por exemplo, segue o desempenho das empresas com maior proporção de mulheres no conselho ou cargos administrativos entre as mil maiores companhias americanas.
- O Trend eSports inclui empresas de games, de placas de vídeo e todo o universo relacionado a games e eSports, incluindo nomes como EA Games e Nvidia
- O Trend Dólar acompanha a própria moeda americana
- O Trend Tesouro Americano inclui títulos de dívida do Tesouro Americano (sim, parecido com nosso Tesouro Direto, mas com o menor risco de crédito do mundo) com vencimento entre 7 e 10 anos.
- O Trend Imobiliário Americano é uma forma de investir em REITs, o equivalente aos fundos imobiliários deles, e ações de empresas que trabalham no setor imobiliário.
E muitos outros serão apresentados nos próximos destinos da nossa volta ao mundo.
Fim da viagem: Los Angeles, lar de estrelas
A calçada da fama é uma das atrações de Los Angeles, com estrelas de famosos que vão desde políticos a esportistas, passando, claro, por artistas do cinema e da música. No universo dos investimentos, os “superstars” são os gestores e gestoras de ativos fora da curva, que consistentemente entregam resultados surpreendentes aos seus cotistas.
Por muitos anos, nós aqui no Brasil não tínhamos a possibilidade de investir nos fundos desse time de estrelas. Isso está mudando, com muitas gestoras de renome internacional trazendo seus produtos para plataformas como a da Rico!
Alguns exemplos são Oaktree, BlackRock, Wellington, Systematica, Chilton, Morgan Stanley, PIMCO… É só entrar na nossa plataforma e filtrar os fundos internacionais para ver todas as alternativas. Infelizmente, por enquanto, eles estão disponíveis apenas para investidores qualificados (com investimentos acima de R$ 1 milhão) por regulação nacional.
Prefere vídeo? Assista abaixo à Escola de Investidores que gravei em outubro do ano passado com 5 maneiras de investir no exterior:
Elaborado por:
Betina Roxo, CNPI 1493
Paula Zogbi, CNPI 2545
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