A inflação medida pelo IPCA (principal indicador de preços ao consumidor no Brasil) registrou alta de 0,53% em junho, levando o acumulado em doze meses para 8,35% – o maior nível desde setembro de 2016.
O resultado mensal veio levemente abaixo do esperado, especialmente devido a uma alta menor do que a esperada em combustíveis e veículos. Dito isso, a pressão sobre os preços correntes deve seguir pelos próximos meses. O movimento será puxado por preços de energia, gasolina (após recente anúncio de alta pela Petrobrás, embora ainda siga defasado com preços internacionais – muito pressionados) e alimentos.
Devemos começar a ver certo arrefecimento no indicador acumulado em doze meses por volta do final do terceiro trimestre, também quando o efeito base de comparação (dado a inflação muito baixa do ano passado) passará a pesar menos. Assim, a inflação deve encerrar o ano próxima a 6,5% ao ano – um nível alto (acima da meta do Banco Central de 3,75%), mas que deve trazer certo fôlego diante do patamar visto hoje.
Para o investidor, o resultado de hoje em si não deve ser visto como preocupante, dado o patamar já esperado pelo mercado (inclusive abaixo do consenso). Entretanto, o contexto de pressão sobre os preços reforça a importância de ativos que protejam da inflação. Lembramos desses por aqui!