*Por Antônio Sanches, especialista da Rico

  • O mercado de games já ultrapassou as indústrias de músicas e filmes somados.
  • Cada vez mais, os jogos eletrônicos devem se misturar com a realidade, criando um potencial muito promissor de crescimento para essas empresas.
  • Então por que as ações estão em queda nos últimos meses?
  • Entenda neste Insight.

Caros leitores do Rico Matinal, ontem foi o Dia do Gamer e eu não poderia perder a chance de pedir um espaço aqui pra falar um pouco sobre esse setor do mercado de ações.

Há alguns meses, escrevi um texto sobre o mercado de games e o quanto ele havia crescido nesse ano de pandemia. Segundo um recente estudo da Accenture sobre o setor, o mercado de games já atinge a marca de 300 Bilhões de dólares, mais que o mercado de música e filmes somados.

Outro estudo interessante da Newzoo mostra que todas as gerações estão jogando e, quanto mais nova a geração, mais engajada e propensa a gastar dinheiro com esse mercado. Os jogos para celulares continuam sendo os mais populares dado a sua acessibilidade e menor custo de aquisição.

Então por que as ações caem?

Apesar das projeções apontarem um crescimento do mercado de games próximos anos, adivinhe o que aconteceu com o preço das ações desse setor?

Caiu. Pois é, esse é um ótimo exemplo do porquê dizemos que investir em renda variável é para o longo prazo. No curto prazo, é muito difícil saber o que impactará o preço das ações, mas, com o passar do tempo, o preço da ação acaba refletindo o lucro da empresa.

O fundo Trend e-sports que aplica no ETF HERO, está com aproximadamente -10% de rentabilidade nesse momento. Analisando as 10 principais posições desse fundo, vemos alguns nomes que chamam a atenção pela queda de cerca de 20% desde a abertura do fundo Trend e-Sports. Então, vamos entender o que motivou a queda nas principais posições do fundo.

Take-two, que ficou famosa com jogos como GTA, teve um bom trimestre, mas apontou uma projeção de lucro no próximo ano que decepcionou os investidores.

A gigante Nintendo teve uma queda no seu lucro em relação ao mesmo período do ano passado, entretanto, temos que lembrar que, naquela ocasião, a Nintendo havia acabado de fazer o seu principal lançamento no auge da pandemia que havia acelerado o mercado.

Já a Activision tem passado por acusações de assédio crônico aos funcionários da empresa — essa uma questão mais grave, que esperamos que seja endereçada com toda a seriedade pela companhia.

Apesar das dificuldades de cada uma dessas empresas no curto prazo, o cenário é promissor para o mercado de games como um todo. Como dissemos no texto anterior, a combinação de um mercado super escalável, somado ao potencial gigantesco de crescimento é uma equação promissora no mercado de ações. Hoje, cerca de 40% da população mundial joga algum tipo de game, segundo o estudo da DFC Intelligence.

E até gigantes de outros mercados enxergam esse potencial. Hoje mesmo, a Netflix anunciou que começará a testar jogos móveis dentro de seu aplicativo Android.

O Metaverso

E se essa fórmula ainda não fosse o bastante, há um novo conceito sendo cada vez mais aprimorado nos games que é o Metaverso. Assim que está sendo chamado o efeito dos jogos se misturando com a vida real.

Com os jogos se tornando uma atividade de lazer e socialização, cada vez mais tempo é gasto dentro dos games, e não necessariamente para jogá-lo. Essa linha que separa o mundo virtual e o mundo real está cada vez mais tênue.

Vamos lembrar do jogo Pokémon. Um jovem vive num mundo com diversas criaturas que podem ser treinadas para a batalha. Esse jovem sai em uma aventura com seu Pokémon para enfrentar adversários, participar de competições, ganhar dinheiro e prêmios com isso, podendo negociar e trocar seus Pokémons durante sua aventura.

O que impede que essa realidade aconteça? Atualmente nada!

Com as Criptomoedas e NFT’s, Pokémons poderiam ser criados com códigos únicos registrados por NFT para que essa criatura digital pertença a uma única pessoa. Essa é uma nova fonte de monetização ainda não aproveitada pelas empresas de games. Isso já começou a acontecer com um jogo chamado Axie Infinity, que divide opiniões por ter algumas características de pirâmide financeira, mas que pode abrir os olhos dessas grandes empresas de games para um novo mercado ainda não explorado.

Esse é apenas um dos exemplos de Metaverso que parece ser o futuro do mercado de games. Engajando cada vez mais, mantendo seus usuários ativos por mais tempo e mais propensos a gastar dinheiro nessa atividade.

Dito isso, o mercado de games segue promissor e tem tudo pra fazer você considerá-lo em uma parte de sua carteira de investimentos, dentro da alocação adequada para o seu perfil.

Elaborado por:

Bruna Sene, CNPI-T 1847

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