Resumo do dia: Coronavírus vs estímulos
Mercados globais amanhecem em queda nesta sexta-feira. Nos EUA (-0,8%), as preocupações sobre um possível cenário de alta volatilidade depois do dia da eleição nos Estados Unidos ganharam destaque nesta semana após Trump evitar se comprometer com uma transição pacífica quando questionado sobre o tema em coletiva de imprensa.
No entanto, lideranças do Partido Republicano reiteraram nesta quinta-feira (24) que estão comprometidas a garantir uma transição tranquila de poder nos EUA caso o presidente Donald Trump perca as eleições.
No Congresso americano, democratas preparam pacote de estímulo à economia de US$ 2,4 trilhões. O projeto é considerado amplo demais para ser palatável para os republicanos, mas é considerado ponto de partida para as novas negociações.
Na Europa (-1,5%), países evitam novo confinamento, impondo medidas restritivas menos agressivas, mas aumento dos casos de coronavírus preocupa.
No Brasil, o governo segue em busca de espaços para fazer avançar a recriação da CPMF, o que permitiria a desoneração da folha de pagamentos para facilitar a geração de empregos. Ganhou espaço no noticiário a ideia de oferecer apoio à PEC 45, da reforma tributária, discutida na Câmara dos Deputados, em troca da redução das resistências de Rodrigo Maia à recriação da CPMF – o presidente da Câmara não passaria a defender o tributo, mas aceitaria levá-lo a voto.
Insight Rico: Escale sua seleção como quiser
(por Lucas Collazo)
Parabéns, caros 13 leitores, vocês são os mais novos técnicos da seleção brasileira (pode ser de qualquer esporte)! Porém, tenho uma novidade para informar:
Vocês não precisam convocar apenas jogadores nativos, qualquer atleta do mundo pode fazer parte do elenco.
Já imaginaram isso? Eu não sei vocês, mas se me dessem o comando, por exemplo, da Seleção Masculina de Futebol, já estaria ligando para o Cristiano Ronaldo, Messi, Mbappé, além da “figurinha repetida” que é o Neymar Jr.
Pois é, para os amantes de esporte isso seria definitivamente um sonho em cada modalidade, mas a realidade é bem menos divertida nessas horas. Na verdade, nem tanto…
O divertido de atuar como analista de investimento aqui na Rico é que pensamos como estrategistas, podemos analisar qualquer investimento das respectivas classes existentes. Isso inclusive quer dizer que, não necessariamente eu precise selecionar apenas ativos brasileiros.
Exatamente isso, posso ter o privilégio de realizar esse sonho, não no esporte, mas no mercado financeiro. O mais bonito do mundo dos investimentos é justamente isso: os fatores não são obrigatoriamente excludentes, você não precisa dizer sempre “ou” e pode escolher dizer um “e”.
Diversifique!
A diversificação geográfica é FUNDAMENTAL numa boa estratégia de investimento. Se utilizarmos a renda variável como exemplo, chegamos a seguinte conclusão:
No longo prazo, o que faz o preço de uma ação é o lucro da empresa que ela representa. Para que o lucro das companhias cresça é importante entender o cenário econômico de seu país.
Se olharmos para a última década, a economia norte-americana foi a que mais cresceu no mundo. Mas e daqui para frente?
Uma boa forma de tentar prever crescimento econômico é acompanhar o avanço demográfico da população economicamente ativa daquela geografia (mais um aprendizado que tive com José Rocha, gestor da Dahlia Capital):
Como podem ver acima, os EUA se destacaram nos últimos 10 anos nessa faixa da população. E a previsão daqui para frente é que eles continuem sendo destaque nesse aspecto.
Diferentemente de outras economias, como por exemplo as europeias, que não de hoje sofrem com uma inversão da pirâmide demográfica. Em outras palavras, a taxa de natalidade tem caído muito e a população tem envelhecido, diminuindo a faixa economicamente ativa da população.
E se todo seu dinheiro está alocado no Brasil?
Sim, você perde “esse trem”. Aliás, não somente ele, mas grandes temas como tecnologia, biotecnologia, games, que são pouquíssimos presentes na economia brasileira, mas que lá fora existem os maiores nomes destas tendências, você ficaria de fora dos retornos que estes segmentos podem proporcionar aos seus investidores.
Do ponto de vista de estratégia
E aqui levanto a bandeira para dizer que talvez seja o que mais importa. Veja a tabela abaixo:
A correlação de um fundo global de ações com o Ibovespa, bem como com um fundo de ações nacional, é extremamente baixa. É o que mais buscamos ter entre investimentos dentro de nossas carteiras.
Essa relação próxima de 0 me diz que, nos diferentes cenários, as alocações em bolsa brasileira e bolsa global, por exemplo, vão se comportar de forma completamente diferente, não necessariamente oposta, mas diferente.
Justamente o que traz consistência para o portfólio ao longo de nossas vidas.
Muitos jogos da “copa dos investimentos” o Neymar não será o jogador decisivo, mas tudo bem, porque você pode ter o Cristiano Ronaldo, Messi e Mbappé no elenco também.
Uma boa forma de investir no exterior é por meio de fundos de investimento, tanto os passivos (ETFs) como os ativos no caso de investidores qualificados (que possuem R$ 1 milhão ou mais em aplicações financeiras).
A família Trend é uma ótima opção para investidores gerais, hoje temos recomendação do Trend Bolsa Americana (com ou sem dólar) e o Trend ESG Global (com ou sem dólar).
Lembrando-que, nos fundos DNA nós temos posição, tanto em ETFs como também em fundos de gestão ativa, como Wellington Ventura, Morgan Stanley Global Opportunity, entre outros.