Insight Rico: Kripto enfraquece o Superhomem, mas pode fortalecer a sua carteira
Não tem como pensar em DC Comics e não ter a imagem do Super Homem na cabeça. Além de eternizar o uso de capa e o “topetinho”, o mineral nativo de Kripton (Kriptonita), terra natal de Clark Kent, também ficou famoso por enfraquecer suas habilidades.
Pois é, o que ninguém pensou que seria possível: o mineral que enfraquece esse super-herói lendário, pode fortalecer sua carteira de investimentos.
Mas Collazo, como assim?
Caros 13 leitores, piadas à parte, os criptoativos (com C e não K) ganham cada vez mais espaço no mercado financeiro. Não gastarei linhas deste insight para explicar sua origem, afinal de contas isso já foi bem feito no episódio 3 do TBT dos Investimentos, com o sócio da gestora brasileira da criptos, Hashdex.
Grandes nomes do mercado têm expressado sua opinião sobre essa classe de ativos, inclusive já declarando investimento em alguns casos:
Paul Tudor Jones II, sócio-fundador e gestor do fundo bilionário Tudor Investment Corporation, disse em uma entrevista para a CNBC que o Bitcoin possui grandes similaridades com uma empresa de tecnologia. Para ele, assim como investir na Apple, ou mesmo no Google, existem pessoas muito inteligentes trabalhando para que o Bitcoin se torne uma forma de ser uma reserva de valor, e isso deixa ele cada vez mais otimista com o investimento.
Na mesma linha, o investidor norte-americano e ex-presidente da Duquesne Capital Stanley Freeman Druckenmiller também concedeu entrevista afirmando acreditar que o Bitcoin pode se tornar uma ótima forma de reservar valor. Ele foi um dos braços direitos de um dos investidores mais importantes da história, George Soros, por isso sua opinião sobre o assunto repercutiu tanto.
E até saindo um pouco da seara dos investidores, a companhia de pagamentos digitais Paypal vai autorizar seus clientes a realizar compras, vendas e inclusive ter em carteira os criptoativos. Para esse mercado, a adesão de nomes relevantes como estes é fundamental, além do “carimbo de qualidade” que a reputação destes nomes traz, temos um fator importante que é a presença financeira deles neste mercado.
Quanto mais investidores negociam esses ativos, mais esse mercado cresce em tamanho e em fluxo de negociações, o que melhora a facilidade de entrada e saída de investidores. Ah, sem dizer que uma das “portas fechadas” desse mercado é a volatilidade, ou seja, o quanto os preços se mexem e “assustam” novos investidores. Realmente, são ativos bastante voláteis, mas, com cada vez mais investidores, essa volatilidade tende a diminuir.
E como é um mercado alternativo, tem se distanciado, no bom sentido da palavra, dos demais neste ano. Veja abaixo a valorização do Bitcoin, criptoativo mais conhecido do mercado, em relação ao dólar americano:
Isso acontece, em grande medida, porque os criptoativos têm baixa correlação com os demais ativos mais tradicionais – e no caso de bitcoin especificamente, o fator “escassez” conta muito. Mas será que podemos considerar criptomoedas uma proteção nas nossas carteiras de investimento?
A conclusão não é tão óbvia
Por conta dessa baixa correlação, poderíamos entender que, em momentos como os que vivemos em 2020, os criptoativos podem ajudar na performance das carteiras. Porém, como disse anteriormente, ainda é uma categoria muito volátil, o que pode trazer surpresas extremamente amargas.
E já que falam tanto do “estômago” para investimentos, seria bom ser como um boi nesse caso, e ter mais de um. Em outras palavras: não é um investimento para todos.
Mas de fato, quando olhamos a inovação que esses ativos têm como proposta, e o papel que eles podem assumir ao longo dos anos, seria como investir cedo em uma empresa de tecnologia. Aliás, essa discussão está muito rica no episódio que eu citei do TBT. Para acessar o episódio, clique aqui.