A segurança digital tornou-se um dos ativos mais relevantes das finanças pessoais nos últimos anos. Imagine descobrir uma dívida de empréstimo que nunca foi contratada ou notar uma movimentação estranha vinculada a um banco desconhecido. Infelizmente, esse cenário deixou de ser exceção. Somente no primeiro semestre de 2025, o Brasil registrou quase 7 milhões de tentativas de fraude, segundo dados da Serasa Experian, número que revela a dimensão do risco financeiro envolvido. 

Para enfrentar esse avanço, o Banco Central lançou o BC Protege+, uma ferramenta que reforça a proteção patrimonial de forma preventiva. Ao contrário de soluções que atuam apenas depois do prejuízo, essa iniciativa antecipa o problema e bloqueia uma das portas mais usadas em golpes financeiros: a abertura indevida de contas. Na prática, funciona como um verdadeiro “cadeado” associado ao CPF, dificultando o uso indevido de dados pessoais no sistema financeiro. 

Entender como proteger contas bancárias contra fraudes com esse tipo de tecnologia vai além da segurança operacional. Trata-se de uma decisão estratégica de finanças pessoais. Prevenir a abertura indevida de contas ajuda a preservar o histórico financeiro, o score de crédito e a tranquilidade no longo prazo, especialmente em um ambiente de digitalização acelerada.  

Dessa forma, antes de aprofundar o funcionamento do BC Protege+, vale compreender por que a prevenção se tornou um pilar essencial da saúde financeira. 

O que é o BC Protege+ e por que ele vale a pena?

Lançado em dezembro de 2025, o BC Protege+ é um serviço oficial e gratuito do Banco Central que cobre contas-correntes, contas poupança e contas de pagamento pré-pagas. Enquanto a proteção estiver ativa, as instituições financeiras ficam impedidas de abrir novas contas ou adicionar o CPF ou CNPJ do titular a qualquer relacionamento bancário, até que o bloqueio seja desativado de forma consciente. 

Na prática, essa ferramenta inverte a lógica tradicional do sistema financeiro. Em vez de manter as portas sempre abertas para novos cadastros, o acesso passa a ficar bloqueado por padrão, sendo liberado apenas quando o titular realmente decide abrir uma nova conta. Do ponto de vista das finanças pessoais, essa mudança representa um avanço importante na prevenção de riscos invisíveis, mas potencialmente duradouros. 

Essa proteção ganha ainda mais relevância diante do cenário atual. Relatório recente da Quod indica que o número de “contas laranjas”, usadas por criminosos para movimentações ilícitas com dados de terceiros, lidera avanço de golpes no primeiro semestre de 2025. Ao ativar o BC Protege+, o consumidor reduz significativamente o risco de ter seus dados utilizados para criar contas fantasmas, evitando impactos negativos no histórico financeiro e no score de crédito. 

Além disso, a ferramenta impede a inclusão não autorizada do CPF como cotitular ou representante legal, uma prática recorrente em fraudes corporativas mais sofisticadas. Muitos prejuízos financeiros surgem justamente desse tipo de vinculação indevida, que costuma ser descoberta apenas quando o problema já está avançado. 

Como o serviço é gratuito, simples de ativar e reversível, a adesão funciona como uma camada adicional de proteção financeira. Em termos de planejamento, faz sentido manter o bloqueio ativo sempre que não houver intenção imediata de abrir conta em outra instituição, utilizando a liberação temporária apenas quando necessário. 

Resultados iniciais do BC PROTEGE+

Os primeiros dias de funcionamento do BC Protege+ já mostraram alta adesão e eficácia prática. Em apenas dois dias, cerca de 1.630 tentativas de abertura de contas fraudulentas foram bloqueadas, enquanto mais de 145,5 mil pessoas ativaram a proteção, indicando uma demanda relevante por soluções preventivas no sistema financeiro. 

O movimento seguiu forte nas semanas seguintes. Em dez dias de operação, o número de consultas ultrapassou 1,9 milhão, e quase 16 mil aberturas indevidas de contas foram evitadas, segundo dados oficiais. Esses números ajudam a dimensionar um problema que costuma aparecer apenas quando o prejuízo já ocorreu. 

Sob a ótica das finanças pessoais, os resultados reforçam que prevenir fraudes tende a ser mais eficiente do que corrigir danos depois, especialmente quando estão em jogo histórico financeiro e score de crédito. Comprovada a eficácia da ferramenta, o próximo passo é entender como ativar a proteção na prática. 

Como ativar a proteção no Banco Central?

A ativação do BC Protege+ foi desenhada para ser simples na execução, mas rigorosa na segurança, um equilíbrio essencial quando o tema envolve dados sensíveis. Todo o processo ocorre no ambiente Meu BC, plataforma oficial do Banco Central integrada à conta Gov.br. 

Passo a passo resumido para ativar o BC Protege+: 

  1. Acesso: Entrar no portal oficial do Banco Central, na área Meu BC. 
  1. Login seguro: É exigida uma conta Gov.br de nível Prata ou Ouro, que utiliza biometria ou validação bancária, garantindo que apenas o titular legítimo realize a operação. 
  1. Ativação da proteção: Com poucos cliques, o status é alterado para “Proteção Ativa”. 
  1. Efeito imediato: A partir desse momento, qualquer tentativa de abertura de conta em instituições financeiras reguladas passa a ser automaticamente negada pelo sistema. 

Caso seja necessário abrir uma conta legítima no futuro, basta acessar novamente o Meu BC, desativar a proteção de forma temporária e, se desejado, programar a reativação automática para uma data específica. Essa flexibilidade transforma o BC Protege+ em uma ferramenta prática de controle financeiro, e não em um obstáculo burocrático. 

Outras formas de proteger as contas 

Além do BC Protege+, a proteção das finanças pessoais exige acompanhamento ativo. O Banco Central disponibiliza a plataforma Registrato, que permite consultar todas as contas bancárias, empréstimos e vínculos financeiros associados ao CPF ou CNPJ. A consulta periódica ajuda a identificar aberturas não autorizadas, cobranças indevidas ou relações com instituições desconhecidas, sinais clássicos de alerta em casos de fraude. 

Além desse monitoramento, boas práticas de segurança seguem indispensáveis. Manter senhas fortes e únicas, ativar notificações de movimentação nas instituições financeiras e registrar boletim de ocorrência diante de qualquer indício de fraude reduzem prejuízos e aceleram a correção de problemas, protegendo não apenas o dinheiro, mas também a reputação financeira. 

Impacto nas finanças pessoais

A fraude bancária não afeta apenas o saldo, mas compromete diretamente a reputação financeira. Quando um golpista abre uma conta e contrai dívidas, o nome da vítima pode ser negativado sem aviso prévio, gerando consequências que se prolongam no tempo. 

Dívidas negativadas representam cerca de 21% do cálculo do Serasa Score de crédito, o que significa que uma fraude não identificada pode derrubar rapidamente a pontuação de um bom pagador. Esse impacto pode dificultar a aprovação de financiamentos imobiliários, cartões de crédito e outras operações legítimas por meses. 

Nesse contexto, o BC Protege+ funciona como um seguro preventivo para o score. Ao manter o “cadeado fechado”, o histórico de crédito passa a refletir apenas decisões reais do consumidor, eliminando o risco de “sujeira” no nome causada por terceiros. 

A melhor forma de se proteger hoje 

Em um cenário em que a tecnologia facilita a vida financeira, mas também amplia o alcance dos golpes, adotar uma postura preventiva tornou-se parte do planejamento financeiro. Antecipar riscos ajuda a evitar prejuízos que vão além do saldo, como negativação indevida e queda no score de crédito. 

Nesse contexto, o BC Protege+ atua na origem do problema, bloqueando a abertura não autorizada de contas e reduzindo o risco de roubo de identidade bancária. Trata-se de um avanço relevante na proteção das finanças pessoais, especialmente em um ambiente de fraudes digitais em crescimento. 

Ao mesmo tempo, segurança financeira também passa por escolher instituições sólidas para investir e guardar recursos. Abrir uma conta em uma corretora confiável, como a Rico, permite investir com mais tranquilidade e segurança, contando com uma estrutura voltada à proteção do patrimônio e ao suporte ao investidor desde os primeiros passos. 

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