• As empresas de tecnologia como um todo foram grandes vencedoras na crise: do e-commerce até as plataformas de streaming como a Netflix, tudo que atendeu você enquanto estava em casa se beneficiou desse momento
  • Mas será que essas empresas continuam sendo as grandes vencedoras ou está na hora de investir nos nomes da ‘velha’ economia que ficaram para trás?
  • Essa pergunta é justamente o tal do “value vs. growth”. As empresas de ‘valor’ são justamente as representantes da velha economia, como bancos e exportadoras de commodities, por exemplo.
  • Isso pode deixar o Brasil mais atrativo para os gringos (já que possui muitas empresas “value”), mas o Voldemort da economia, a inflação, que preocupa nos EUA, pode atrapalhar esse momento

A esse filme você não deve ter assistido, mas certeza que o oposto você já viu ou ouviu falar. De Volta Para o Futuro é um clássico e fez uma geração inteira sonhar como seria um futuro tecnológico. 

Pois bem, caros(as) 13 leitores(as), mas parte do mercado financeiro está “sonhando” com o contrário. Como será a retomada econômica & o mundo pós-pandêmico? E como ganhar dinheiro com isso? Para alguns, voltando ao passado.

As empresas de tecnologia como um todo foram grandes vencedoras na crise: do e-commerce até as plataformas de streaming como a Netflix, tudo que atendeu você enquanto estava em casa se beneficiou desse momento. Mas será que essas empresas continuam sendo as grandes vencedoras ou está na hora de investir nos nomes da ‘velha’ economia?

Essa pergunta é justamente o tal do “value vs. growth” que vocês já leram inúmeras vezes aqui na Riconnect. As empresas de ‘valor’ são justamente as representantes da velha economia, como bancos e exportadoras de commodities, por exemplo.

Dentro do universo das empresas de alto crescimento, as companhias de tecnologia aparecem com destaque. Nelas, grande parte do valor se encontra no longo prazo, na expectativa de futuro. 

Nas últimas semanas, pessoas que antes estavam investidas nessas empresas de alto crescimento para se proteger da crise em 2020, passaram a pensar com mais carinho nas empresas de ‘valor’ e fazer “a dança das cadeiras” dentro de suas carteiras de investimento — mudando para investimentos nesses setores mais tradicionais. 

E por que isso está acontecendo? A resposta está na combinação entre estímulos fiscais e reabertura da economia.

Relembrando os estímulos

Com a crise e a queda na renda da população, os Bancos Centrais ao redor do mundo não ligaram suas maquininhas de dinheiro para ajudar a economia atravessar esse momento. No mundo, a injeção de dinheiro para lidar com a crise representou 29% do PIB global em 2020, ou mais de US$ 9,3 trilhões. Neste ano, novos pacotes já são esperados, como um de US$ 1,9 trilhão nos Estados Unidos. 

Mas como diria dona Adair, minha avó, “nem tudo são flores”: todos esses estímulos casados com a reabertura das economias, principalmente nos EUA, podem também ressuscitar o Voldemort da economia, a inflação — o medo é: mais dinheiro, preços aumentam mais rápido. A expectativa de inflação nos Estados Unidos aumentou tanto que o juro do título da dívida pública americana com vencimento em 10 anos (a famosa Treasury)* chegou a saltar de 0,6% ao ano para 1,7% ao ano, patamar parecido com o pré-crise.

*Um adendo: o título de 10 anos do Tesouro americano é considerado o ativo mais seguro do mundo, porque além de ser um ativo extremamente líquido, essa taxa define a taxa “livre de risco” na maioria dos modelos de valuation, sendo responsável direta pela precificação de trilhões em outros mercados (ações, commodities, imobiliário, etc).

Quando investimos em uma empresa, calculamos o seu valor justo com base na receita que pode ser gerada por esse negócio. Só que as ações de “crescimento” têm grande parte do seu valor no longo prazo, e não no presente. Neste caso, é preciso estimar essa receita no longo prazo e descontar uma taxa de juros. Justamente por isso, essas são as companhias mais sensíveis aos movimentos das taxas de juros (como o que está acontecendo agora).

E o Brasil com isso?

O lado bom. Somos um país emergente, tipicamente exportador de commodities. As nossas grandes campeãs da bolsa são justamente as empresas que atuam nesse setor, como Vale e Petrobras, que juntamente com o setor bancário, representam praticamente metade do peso do nosso principal índice de ações, o Ibovespa.

Ou seja, os gringos olham para nós como uma grande cesta de empresas de valor, ou da velha economia. Naturalmente, a continuidade desse movimento pode beneficiar a nossa bolsa e incentivar o fluxo de capital estrangeiro para cá.

O lado ruim. A expectativa de inflação e a consequente alta nos juros americanos é ruim para emergentes no geral, incluindo o Brasil. Isso porque, se a maior economia do mundo está pagando mais juros nos seus títulos públicos (os mais seguros do MUNDO), se torna menos atrativo tomar o risco de um país emergente. 

Para o economista-chefe da XP Inc., Caio Megale, esse risco ainda demora um pouco para se verificar. Como a economia americana ainda tem boa ociosidade (especialmente no mercado de trabalho), a atividade ainda deve crescer por alguns bons trimestres até eventualmente “transbordar” em inflação maior. Mas esse é o risco que o mercado está monitorando muito de perto. 

Enfim, tudo isso para dizer que temos alguns gatilhos para essa rotação entre empresas de crescimento e de valor: vacinas, reabertura das economias, e a tal da inflação.

O que fazer com a minha carteira de ações?

Independentemente da sua estratégia — seja focada nas grandes empresas, nas pequenas (SmallCaps), ou nas gringas (BDRs) —, é importante ter um radar do que os principais profissionais do mercado dizem, e até entender as métricas por trás dessas empresas.

A Ju (nossa “QuantQueen”) veio para o nosso time focar nesse trabalho criando as nossas Estrelas: ela explica mais sobre esses serviços e descomplica essas métricas das empresas aqui. Vale a pena se preparar para esses momentos que estão por vir, e um mercado que pode estar caminhando “De volta para o passado”.

Elaborado por:

Betina Roxo, CNPI 1493
Paula Zogbi, CNPI 2545

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