• Você já parou para pensar o que é aquele tal de PIB, que tanto se fala?
  • O Produto Interno Bruto é a soma de tudo o que produzimos, e o mais próximo para ilustrar a riqueza de um país.
  • O PIB impacta seus investimentos por meio do crescimento da economia e da visão de investidores de quão arriscado é investir por aqui.
  • Mas o PIB sozinho não faz nada! Por isso, fica a dica: inspira, respira, leia os conteúdos da Riconnect, e diversifica.

“O PIB do Brasil caiu 4,1% em 2020”. “O PIB brasileiro subiu 1,4% em 2019”. “Nos Estados Unidos, o PIB cresceu 3,0% em 2018”. Tenho certeza que você já leu ou ouviu notícias / análises sobre a evolução e o comportamento do PIB do Brasil e de outros países do mundo pelo menos alguma vez na vida.

De fato, o quanto a economia de um país cresce de um ano para o outro costuma chamar bastante atenção em contextos dos mais distintos: discussões eleitorais, análises de mercado, estudos sobre pobreza e desenvolvimento econômico.

Mas você já parou pra pensar o que isso significa? Afinal, o que é o PIB, essa famosa sigla que sabemos que é importante, mas não necessariamente sabemos o que consegue nos dizer sobre a economia? E ainda, como tudo isso impacta nossos investimentos?

O que é PIB (Produto interno bruto)?

O PIB é a soma de tudo o que produzimos:

PIB = C + I + G + (X – M)

Onde: C é consumo; I é investimentos; G é gastos do governo; e (X -M) é exportações menos importações. Ok, entendido? Podemos encerrar?

Brincadeira! Não se preocupe, essa sopa de letrinhas aí em cima é só para ilustrar que o Produto Interno Bruto (ou seja, o famoso PIB) nada mais é do que a soma de diversos fatores presentes na economia, como consumo das famílias (meu, seu e de todo mundo), gastos do governo (com saúde, educação, previdência, salários de servidores, etc) e investimentos.

Isso quer dizer que a manicure que eu fiz na semana passada, entra no PIB? Sim! O carro ou o armário produzidos em fábricas entram no PIB? Sim! O dentista, o professor de escola pública, a cirurgia do SUS ou eu, aqui, produzindo conteúdo para a Rico; entram no PIB? Sim!

Aqui, vale destacar um ponto importante. Nada é contabilizado duas vezes no PIB.

Assim, na produção de um carro, o cálculo final do PIB não incluirá a roda, o motor e cada porta, separadamente, para depois contabiliza-los de novo quando o carro estiver finalizado – pronto para ser comprado por uma empresa de locação e depois alugado por um Uber (porque, afinal, quem compra carro hoje em dia, não é mesmo, Gen Z?). E sim, cada item produzido será contabilizado apenas uma vez.

Como o PIB é medido?

O PIB mede nossa riqueza em espaços de tempo.

Assim, podemos concluir que o PIB representa o fluxo de tudo o que produzimos na economia de bens e serviços. Falamos em fluxo, porque o PIB mede a riqueza de determinada economia em um espaço de tempo. Ou seja, ao longo de um período – como um ano, um semestre, um trimestre ou um mês.

Por exemplo, no início do texto dissemos que a economia brasileira contraiu 0,05%. Isso significa que a soma do que foi produzido entre abril e junho desse ano caiu 0,05% em relação ao que havia sido produzido entre janeiro e março. Ou ainda, que a economia cresceu 12,4% no período entre abril e junho do ano passado e abril e junho desse ano (um ano) – o que faz sentido, dado que a economia contraiu muito no segundo trimestre do ano passado, devido à pandemia.

E por que não falamos sobre o estoque do PIB? Ou seja, quanto o Brasil acumulou de riqueza em produção de bens e serviços ao longo de toda sua história? Porque seria bastante difícil calcular esse montante.

Imagine só, como você faria para calcular quantos cortes de cabelo acumulados na história, que entrariam na contabilização de serviços? Qual seria o “estoque de cortes de cabelo”, e como todo esse cabelo ainda estaria ali, “estocado”? Além de não ser um resultado preciso, seria ainda mais complexo fazer essa comparação de estoque de bens e serviços produzidos entre países.

Vale lembrar que o PIB também não contabiliza questões como desigualdade social e de oportunidades, de cunho ambiental ou social. Por isso, nunca deve ser usado como único fator de comparação entre países, ou de nível de desenvolvimento econômico de um país.  

Como o PIB impacta seus investimentos?

Agora que já ficou tudo muito claro sobre o que é esse tal de PIB, vamos à grande plot de todos os textos aqui da Riconnect: como essa soma de bens e serviços impacta o meu, o seu, o nosso dinheiro?

Essa reposta pode ser mais fácil do que parece. Um dos principais impactos do PIB nos seus investimentos se dá por meio daquele tema que eu mais adoro: a economia.

De maneira bastante simplificada, com uma economia crescendo, as empresas poderão ter mais oportunidades para crescerem também, aumentando investimentos, contratando mais funcionários, contribuindo para mover a economia e levar a mais crescimento econômico – e assim por diante, em um ciclo positivo. Normalmente, maior crescimento leva a maiores retornos ao investidor.

Além disso, uma performance positiva da economia também acaba impactando a precificação de outros ativos do país, de maneira indireta, por meio da percepção de risco em relação ao país. Ou seja, se tivermos perspectivas positivas de crescimento, investidores verão menores riscos em alocar seu dinheiro por aqui. Dessa forma, isso acaba impactando fatores como os juros, o câmbio e o mercado de renda fixa.

Bolsa não é PIB!

Mas, isso significa que toda vez que a economia crescer, seus investimentos só irão crescer, e vice-versa? Não necessariamente!

Primeiro, porque a bolsa e o mercado de capitais brasileiro ainda representam pouco da economia do país como um todo. Para se ter uma ideia, a B3 tem 400 empresas listadas para negociação, enquanto temos mais de 19 milhões de empresas. Nos EUA, há mais de 3 mil.

Ou seja, não serão todos os setores que podem crescer ou contrair em determinados períodos que estão sendo precificados em ativos na bolsa, títulos de renda fixa ou outros ativos.

Segundo, porque nem tudo que impacta a performance de uma empresa ou a precificação de um título vem do cenário macroeconômico, muito menos apenas daquilo que está refletido no crescimento do PIB.

No caso das empresas, sabemos que diversas outras questões, como estratégia de negócios, nível de endividamento e posicionamento no mercado impactam tanto quanto o cenário macroeconômico em que elas se inserem.

Ou seja, apesar de ser importante, o movimento do PIB não é o único determinante da performance de empresas e, consequentemente, do retorno de suas ações/dividendos.

Da mesma maneira, o crescimento do PIB não é o único determinante de movimentos em ativos como o dólar e a curva de juros.

Como vimos aqui, o risco fiscal e o ambiente político, por exemplo, muitas vezes acabam por ser os principais determinantes da valorização/desvalorização da nossa moeda, e de como os investidores precificam o risco de financiar o Brasil – balançando todos os nossos investimentos no Tesouro Direto, por exemplo.

Em suma: você deve se importar com o PIB para a sua vida e seus investimentos? Sim! Eles são o único fator determinante disso tudo? Não! Como sempre em economia…depende!

Por isso, fica a dica: inspira, respira, leia os conteúdos da Riconnect, e diversifique seus investimentos, entre classes de ativos e entre geografias – sempre de acordo com seu perfil e objetivos.

Elaborado por:

Bruna Sene, CNPI-T 1847

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