*Por Zé Rico, analista técnico da Rico

Lendo o título desse artigo, você pode pensar que as duas modalidades de trade são auto excludentes. Mas é aí que você se engana! A escolha de se fazer day trade não interfere na opção de se fazer swing trade. Aliás, uma poderá complementar a outra, como vamos explicar a seguir.

Para quem não sabe, existem modalidades operacionais quando se fala em investimento por especulação na Bolsa de valores, que são: position trade, swing trade, day trade e scalping.

Em linhas gerais, cada modalidade é baseada no tempo de duração em que o especulador deixará aberta sua posição em determinado ativo, sendo que:

  • O position trade durará mais de 6 meses até anos, focando-se na análise fundamentalista para encontrar o alvo pretendido;
  • Swing trade durará mais de 24 horas até meses, com foco na análise técnica como tomada de decisão;
  • Day trade são operações que deverão iniciar e serem encerradas no mesmo dia, ou seja, dentro do horário de pregão do ativo financeiro escolhido, podendo ser utilizado diversas escolas técnicas para a tomada de posição.
  • As operações de scalping são operações extremamente rápidas, durando cerca de segundos até um minuto e, assim como o day trade, poderá se valer de diversas escolas técnicas para a tomada de posição.

Agora que você já conheceu brevemente todas as diferentes modalidades de investimento em bolsa, queremos chamar a sua atenção para duas modalidades: swing trade e day trade.

Swing Trade

A primeira modalidade, o swing trade, possui a característica de ser estudada em gráficos com time frames (tempo gráfico) maiores, como por exemplo, o gráfico diário, ou seja, utilizando o gráfico de candles, o mais comum entre os investidores, em que cada candle representa o intervalo de 1 dia.

Assim, necessariamente, os alvos projetados serão maiores e, proporcionalmente, o tempo para que esse alvo seja atingido também será maior.

Pensando assim, pode-se chegar à conclusão de que esse tipo de investimento é necessariamente mais vantajoso, porém nem tudo são flores.

Isso porque os alvos serão maiores, pois o parâmetro utilizado, isto é, os candles, estão em uma proporção maior, contudo, os stops ou a possibilidade de prejuízo também serão maiores por trading realizado, devendo o trader destinar um capital maior por operação e/ou trabalhar com um menor número de contratos por operação.

Na sequência, o swing trade possui a vantagem de entregar uma análise de movimento mais limpa ao operador, justamente em razão do time frame maior. Com isso, evita-se a possibilidade de stop em razão de movimentos mais aleatórios do mercado, geralmente causados por robôs ou HFT’s (High-Frequency trader).

Ainda nessa modalidade, outra vantagem seria o maior tempo para que o operador possa analisar o ativo antes de tomar sua decisão de investimento, podendo analisar a viabilidade da operação com o mercado fechado ou após o horário de pregão.

Day Trade

Já no day trade, as operações são mais curtas se comparadas ao swing trade, deixando alvos menores, porém stops menores também, exigindo uma quantia menor de capital para iniciar esse tipo de investimento.

Veja que não falamos em lucro menor, pois o tamanho do alvo pretendido não necessariamente condiz com o lucro obtido. O trader poderá buscar um alvo curto, porém com uma quantidade maior de contratos, resultando em um lucro igual ao de um alvo longo com uma quantidade de contratos menor.

Contudo, nessa modalidade mais rápida, o trader ficará sujeito, muitas vezes, ao ruído de mercado, ou seja, movimentos mais aleatórios do mercado que poderão alcançar seu stop ou o limite de prejuízo por operação, ainda que, após, o trading evolua no sentido pretendido – o que trará um prejuízo ao trader, mesmo que tenha feito a análise correta.

Ainda, essa decisão de investimento exigirá do operador mais agilidade, energia e tempo de dedicação, devendo tomar a decisão de abertura de posição em segundos e, tendo em vista as exigências aqui traçadas para essa modalidade, o operador ficará muito mais suscetível ao descontrole, podendo ter o famoso “dia de fúria” (dia em que não aceita o prejuízo e se alavanca em uma operação mais do que conseguiria arcar com o seu capital, podendo perder uma soma considerável de dinheiro).

Como escolher?

Porém, fica o questionamento: como é possível aliar as duas formas de investimento?

Simples. Como o day trade pode ser utilizado com uma quantidade menor de recursos financeiros, haja vista ser mais alavancado e exigir uma quantia menor de margem, o trader poderá destinar menor capital para tentar obter um lucro considerável, quando comparado a outros tipos de investimento, mesmo que mais agressivos.

Já uma maior parte do capital pode ser destinada às operações de longo prazo, como as de swing trade. Assim, não estará sujeito a alavancagem, afastando-se do risco quanto a essa quantia mais expressiva.

Ainda, a chance do operador se sujeitar ao “dia de fúria” neste segundo caso será irrisória, tendo em vista o tempo que possui para a tomada de posição, podendo programar com antecedência suas operações.

Por fim, o lucro obtido no day trade pode ser destinado ao swing trade, trazendo uma possibilidade de consistência maior ao seus ganhos, tendo em vista as características já detalhadas envolvendo esta segunda modalidade.

Por fim, essas são as principais características a serem observadas pelo operador do mercado financeiro quando estiver em dúvida sobre qual modalidade operacional optar. A conclusão e que você pode optar pelas duas, porém, calibrando sempre seu capital e seu objetivo de investimento para isso.

Elaborado por:

Bruna Sene, CNPI-T 1847

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