Em períodos de redução ou manutenção da nossa taxa básica de juros, a Selic, a pergunta que dá nome a esse texto torna-se corriqueira. No caso: preciso mudar os investimentos que tenho para minha reserva de emergência porque a Selic está mais baixa do que já foi anteriormente (e o retorno atrelado a ela também)?
A resposta rápida para esse questionamento é bastante simples: Não.
Quer saber o porquê disso? Te contamos logo abaixo.
Taxa Selic baixa: isso é bom?
Depois de um longo período de taxa Selic bastante elevada, o Banco Central conduziu um processo de queda da nossa taxa básica de juros. Nesse cenário, vimos a taxa cair de 13,75% ao ano em agosto de 2023 para 10,50% em maio de 2024 – patamar que vemos ela permanecendo até no mínimo 2025.
Como contamos aqui em detalhes, o objetivo principal da gestão da Selic por parte do Banco Central é controlar a inflação – elevando a taxa quando a inflação está acima do desejado, e reduzindo a taxa quando os preços estão subindo mais lentamente do que o desejado.
Assim, conforme a inflação foi gradualmente caindo, após os desequilíbrios causados pela pandemia da Covid-19 e outros fatores (como a eclosão da guerra entre Rússia e Ucrânia e a disparada nos preços de energia no mundo), o Banco Central pôde reduzir a taxa básica de juros por aqui – diminuindo o freio que os juros altos exercem na economia.
Vale destacar que a queda dos juros é positiva para a economia, se acompanhada de um efetivo controle dos preços. Ou seja, se subir os juros é um remédio amargo contra a “doença” da inflação alta, o processo de redução gradual – sem desencadear a alta dos preços novamente – indica que esse remédio está fazendo efeito.
Afinal, os juros elevados não somente são um freio na economia, encarecendo o crédito para pessoas e empresas e desincentivando o consumo e a produção, como também pesam no endividamento de empresas e no preço justo de ações calculado por analistas. Assim, impactam também os movimentos de mercado, em favor de ativos menos arriscados, como títulos de renda fixa pós-fixados.
Ou seja, a manutenção de juros mais baixos de maneira sustentada tende a ser benéfica para a economia e para os investimentos, de uma maneira geral.
Selic em queda, pós-fixados em queda
Como falamos, períodos de juros elevados tendem a beneficiar investimentos em renda fixa, uma vez que juros mais altos elevam a rentabilidade de grande parte desse tipo de investimento – especialmente quando falamos de títulos pós fixados.
Isso porque títulos pós-fixados seguem a rentabilidade da taxa Selic. Assim, quando a taxa Selic está elevada, o rendimento desses títulos será igualmente elevado. Por exemplo, com a taxa Selic em 10,50%, um título Tesouro Selic – título disponível no Tesouro Direto, atrelado à taxa Selic – terá rendimento de 10,50% ao ano (acrescido de uma pequena parcela prefixada).
Desse modo, conforme a Selic é reduzida pelo Banco Central, o rendimento de investimentos pós-fixados também cai. De maneira análoga, se a Selic é mantida no mesmo patamar, assim seguem os rendimentos desse tipo de investimento.
É nesse contexto que muitos passam a questionar a rentabilidade de valores aplicados em títulos como o Tesouro Selic, CDBs que têm seu retorno atrelado a percentuais do CDI (como 100% do CDI) ou fundos de investimento do tipo “DI Simples”.
Porém, embora essa queda de rentabilidade seja verdadeira, a resposta para o investimento da sua reserva de emergência não é mudar a estratégia.
Onde investir sua reserva de emergência?
Antes de tudo, vale lembrar: reserva de emergência é aquela quantia que toda pessoa investidora deve separar para cobrir eventuais imprevistos, como uma doença, uma perda de emprego ou mesmo algo positivo (embora inesperado), como a chegada de um novo membro à família.
Deste modo, a regra número um para sua reserva é: não tomar riscos excessivos. Afinal, como não saberemos quando um imprevisto irá acontecer, será essencial que esse investimento tenha a maior previsibilidade possível para não te deixar na mão “na hora H”. Por isso, esse investimento deve ter baixa volatilidade – ou seja, não apresentar muitos “vai e vens” ao longo do tempo, como uma ação por exemplo.
Assim como todos os investimentos, é essencial entender onde você está alocando seu dinheiro. Porém, para a sua reserva, a segurança se torna ainda mais importante: afinal, não é nessa parte da sua carteira de investimentos que você deve buscar maiores riscos, em troca de maiores retornos.
Já a segunda regra para a reserva de emergência é liquidez. Ou seja, ser um investimento que você tenha a possibilidade de resgatar a qualquer momento, sem risco de perdas relevantes. Afinal, não sabemos quando precisaremos, certo?
Assim, para simplificar sua tarefa na escolha, listamos alguns ativos que recomendamos para sua reserva de emergência. E o melhor? Todos disponíveis na sua conta da Rico!
1 – Tesouro Selic: Título público federal de renda fixa criado e disponibilizado através do Tesouro Direto. Ele tem rentabilidade pós-fixada que acompanha a variação da principal taxa do mercado financeiro: a Selic.
2- Trend Pós Fixado: Fundo de investimento com exposição ao índice DI por meio de uma carteira de ativos de renda fixa pós-fixada emitidos pelo governo (títulos públicos federais). Aplicação inicial de R$ 100,00.
3- Trend DI FIC FIRF Simples: Fundo de investimento disponível para novos clientes da Rico, com exposição ao índice DI por meio de uma carteira de ativos de renda fixa emitidos pelo governo (títulos públicos federais). Aplicação inicial: R$ 100,00 – limite de alocação: R$ 100.000,00
Meus Objetivos Rico
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Ainda não tem reserva de emergência? Comece agora
Para construir sua reserva de emergência, a primeira coisa a se fazer é organizar as contas. Você precisa entender qual a sua renda líquida total (ou seja, após os impostos), quais são os seus gastos, o seu custo de vida, o seu patrimônio atual, além é claro, das dívidas, se houver.
É essencial também calcular qual o custo de vida básico, que é aquele que você não pode abrir mão. Contas como aluguel, luz, água, condomínio, gastos com alimentação e saúde precisam estar nessa conta. São as necessidades vitais que você precisa entender quanto custam.
Após entender o seu custo fixo, é só calcular esse valor vezes seis a doze. Assim, sua reserva poderá cobrir de seis a doze meses do seu custo fixo, contribuindo não somente para sua saúde financeira, mas também mental.
Por exemplo, uma pessoa com renda líquida de R$5.000 e um custo de contas básicas de R$2.500 precisa ter minimamente R$15.000 de reserva de emergência – que é o equivalente a 6 meses do seu custo básico.
Vamos supor, então, que essa pessoa organizou suas contas e vai gastar no máximo um total de R$4.500 por mês, o que possibilita que ela poupe e invista R$500 todos os meses para a sua reserva de emergência.
Investindo em um CDB com liquidez diária que renda 100% do CDI ou no Tesouro Selic, que são investimentos indicados para a reserva de emergência, e considerando a Selic atual (de março de 2024), essa pessoa alcançaria sua reserva em 26 meses – conforme tabela abaixo:
Valor inicial | R$ 500,00 |
Valor mensal | R$ 500,00 |
Taxa de juros anual | 10,50% |
Período (meses) | 26 |
Valor Total Final | R$ 15.073,75 |
Valor total alocado | R$ 13.500,00 |
Total resultante de juros | R$ 1.573,75 |
Ou seja, com um pouco de disciplina, em pouco mais de 2 anos essa ela conseguirá conquistar sua reserva de emergência, recebendo juros de mais de R$1.500 no período (considerando a taxa Selic atual e constante, de 10,50% ao ano).
Elaborado por:
Bruna Sene, CNPI-T 1847
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