- O Mochilão Rico chega ao seu segundo episódio, com uma viagem imaginária, embalada no mood de um filme dos anos 2000. E o destino? A China
- Uma das maiores mudanças econômicas e demográficas da história, que continua em passadas largas no caminho do crescimento e chamando muita atenção dos investidores
- Veja mais sobre os fundamentos por trás da China e como você pode viajar para lá, imaginariamente, ou com seu dinheiro!
Eu ainda não tive a oportunidade de ir para a China. Com certeza é uma das viagens que está na minha listinha de “coisas para fazer antes de partir”. Porém, a imaginação ainda não me cobra passagem ou fica isolada pela situação da pandemia, então posso ir para lá sem sair de casa (dentro da minha cabeça, papo de louco, eu sei). Para dar asas à minha imaginação e explicar como levar o seu dinheiro para o Tigre Asiático, escrevo mais este Mochilão da Rico (não sabe o que é isso? Leia a primeira edição, nos EUA).
Sempre que me coloco para pensar na China, vem a memória do filme “O Clã das Adagas Voadoras”, de 2004, um filme que retrata uma China de 859 a.C. em situação de extrema corrupção e vulnerabilidade social. A culpa disso é inteiramente da minha família, que me fez assistir quando moleque, e, para ajudar no processo de traumatização, me desafiaram no jogo de mímica a fazer os meus demais familiares adivinharem esse filme na base dos pulinhos e cenas ridículas minhas fingindo estar com uma adaga na mão.
O ponto é: a foto da China de hoje é muito diferente da retratada no filme, numa época que os chineses sofriam com a extrema pobreza, bem antes de uma realidade de potência econômica. Aliás, essa mudança não para. O país continua crescendo de forma exponencial, e se você acreditar na continuidade desse crescimento também pelos próximos anos, parte dos seus investimentos pode pegar carona nisso.
Mas na pegada do Clã, já que posso desfrutar da viagem imaginária aqui em mais um capítulo do Mochilão Rico, vamos entender as adagas, ou melhor, os números que fazem a China chamar tanta atenção dos investidores com seu potencial de voar ainda mais:
Ambiente de negócios pujante
Fonte: The World Bank, Rico
Como podemos ver acima, a China tem um ambiente de negócios pujante, uma avenida que vem sendo construída ao longo dos anos e que pode servir de pista para muito empreendedor por lá. Hoje, o país já apresenta um ambiente de negócio mais frutífero que a Europa (31º posição no ranking do The World Bank, contra a 37º posição ocupada pela Europa) , ficando atrás dos EUA (em 6º), mas com um gráfico que mostra uma trajetória ascendente. Escolhemos comparar esses 3 mercados porque são os mais facilmente acessíveis via investimentos sem sair do Brasil (que aliás, está na posição 124 do ranking).
Desse ambiente de céu limpo, saem muitas oportunidades de geração de valor. Aliás, isso já está acontecendo, como podemos observar nos números das startups unicórnios (com mais de US$ 1 bilhão de valor de mercado):
Fonte: Briedgewater, Rico
Ascensão da classe média
Fonte: Brookings Institution, Rico
A projeção para crescimento da classe média na China fica à frente de boa parte das demais economias. E por que isso é relevante? A classe média e o seu consumo costumam sustentar o crescimento econômico. Se ela ascende, você pode esperar que… Bom, vamos deixar o FMI (Fundo Monetário Internacional) falar por nós:
Fonte: FMI, Bloomberg, Rico
Pois é, a China tem o maior crescimento econômico projetado para o período entre 2021 e 2026. Aliás, crescimento econômico forte também é um dado que já vem se comprovando ao longo dos últimos anos:
Fonte: FMI, Bloomberg, Rico
A trajetória do PIB per capita da China mostra como o país tem se descolado economicamente do mundo em que está inserida (Emergentes). E essa “boca de jacaré” ali no fim do gráfico tem sido exponencial, ganhando força cada vez mais.
Tecnologia
O ambiente pujante para geração de novos negócios, aliás de muito valor, acrescido de uma economia que promete evoluir muito e já vem evoluindo ao longo dos anos. Tudo isso é lenha para a fogueira do ambiente do avanço tecnológico, uma das pautas mais discutidas nos investimentos hoje em dia.
Fonte: Bloomberg, Rico
Quando olhamos para os números das Big Techs (grandes companhias de tecnologia) chinesas vemos como existe oportunidade por lá: se compararmos com as BTs americanas, as expectativas de crescimento de faturamento e lucro são superiores, porém essas empresas são negociadas com um desconto em relação às techs da terra do Tio Sam.
Como assim? o preço sobre lucro é uma medida muito utilizada pelos analistas de ações e investidores para entender se a empresa é uma pechincha ou não. Basicamente é um fundamento importante para entender se o preço dessas empresas apresenta uma oportunidade do ponto de vista do investimento de longo prazo – as chinesas estão descontadas perante as companhias americanas.
E isso não fica apenas no ambiente das tecnológicas. A bolsa chinesa como um todo opera com desconto hoje perante a bolsa americana:
Fonte: Bloomberg, Rico
Claro que esse desconto tem seus motivos: a China transmite riscos, principalmente pelo regime de governo e a discussão do isolamento chinês que vem crescendo ao longo dos últimos anos. Como pilar fundamental desse embate: as relações comerciais entre os EUA e a China, que agora no governo Biden ganham articulação com os aliados e novas ameaças de medidas americanas contra algumas companhias chinesas.
O mundo vive um momento de globalização fragilizado, falamos sobre isso nesse relatório, e a China é uma das geografias mais afetadas com esse movimento.
Mas, como sempre no mercado financeiro, maiores riscos podem ser compensados com maiores ganhos. Se você acha essa tese de China curiosa e têm paciência para investir, pode fazer sentido para percentual da sua carteira.
Como investir?
A Rico apresenta algumas oportunidades de investimento para acessar esse mercado: para investir com aplicação inicial baixa, o ETF XINA11 (B3) é uma alternativa, bem como o Trend Bolsa Chinesa FIM. Para investidores(as) qualificados(as), JP China Equity, Aberdeen China e Wellington All China são opções que possuem gestão ativa, ou seja, um trabalho de uma equipe de profissionais que realiza a tomada de decisão de investimento nesses mercados.
Ah, e não podemos esquecer do recém nascido ETF EMEG11: replica o índice MSCI Emerging Markets que representa o investimento em mercado emergentes, que incluem países da América Latina, como Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru, mas também de países asiáticos como a China. Acesse sua conta para conferir!
Elaborado por:
Betina Roxo, CNPI 1493
Paula Zogbi, CNPI 2545
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