*Por Henrique Sana, Analista de Índices e ETFs da XP
- Ao longo de sua história, o Nasdaq 100, índice que conta com as 100 maiores empresas não-financeiras da bolsa Nasdaq, supera com folga o S&P 500, das 500 maiores empresas listadas nos EUA.
- Na comparação com o Brasil, também existe uma grande diferença de rentabilidade.
- Fato é que diversificar investimentos é a melhor maneira de não perder boas oportunidades nas bolsas mundialmente.
- Conheça o primeiro ETF de Nasdaq da América Latina e saiba como investir.
Se cada índice de investimento fosse uma pessoa, o Nasdaq-100 (NDX) seria um “jovem” nascido (fundado) em 1985 que mora em NY e fez uma carteira ações em 100 empresas. O S&P500 (SPX) seria um “senhor” de 97 anos de idade nascido (fundado) em 1926 que monitorava também em 100 empresas, mas que em 1957 expandiu para 500.
“Eles” (índices) não investem diretamente em nenhuma das empresas, mas todo ano vão lá e refazem a sua carteira teórica baseada nas suas “regras” (metodologias dos índices). E muitos fundos de investimentos replicam essas carteiras através de fundos passivos e ETFs.
Outros só usam a informação das carteiras pra fins de benchmark (referência). É o famoso “mercado” que você já deve ter ouvido por aí. Aliás, se o índice sobe (ou acreditam que vai subir) falam que “o mercado está (ou fulano está) bullish” pois um touro (bull) ataca com os chifres de baixo pra cima; se o índice cai (ou acreditam que vai cair), falam “o mercado está bearish”, pois um urso (bear) ataca com as garras de cima pra baixo.
De volta ao “jovem Nasdaq-100” e o “velho SP&500”, já dá para imaginar que “eles” são bem diferentes, né?
O NDX é composto pelas 100 maiores empresas não-financeiras listadas na bolsa de valores Nasdaq. Já o SPX é composto pelas 500 maiores empresas listadas nos Estados Unidos, independente da bolsa de valores.
Apesar do que muitos acreditam, o índice da Nasdaq-100 não é composto somente por empresas de tecnologia. Empresas como Pepsi, Costco e Starbucks, por exemplo, representam o setor de Consumo, que pesa cerca de 25% no índice, enquanto o setor de Tecnologia pesa ~40%. Como os pesos do índices variam conforme as “regras” dos rebalanceamentos, podemos dizer que o Nasdaq-100 está Tech, mas não é Tech!
Se você alguma vez já fez uma reunião/conferência usando o Zoom, ou comprou algo no Mercado Livre, ou assinou um documento virtual através do DocuSign, ou vestiu uma roupa atlética da Lululemon, então você já conhece alguns dos constituintes do Nasdaq-100. Estas são exemplos das 23 empresas que alguém que só compra ações do índice S&P500 perderia a oportunidade de investir.
Outras 77 empresas no Nasdaq-100 também estão no S&P500, porém a primeira oferece uma exposição (peso) bem maior (de 2x a 3x na maioria das posições). Por exemplo, as ações FAAMG (Facebook, Amazon, Apple, Microsoft e Google): enquanto um investidor que replicasse o S&P 500 teria 22,1% de sua carteira nessas ações, via Nasdaq-100 tem 40,7% destas ações (ou seja: 1,9x maior exposição em FAAMG do que o S&P 500).
Mas… E daí?
Aí que esse “sobrepeso” nas 77 fazem TODA a diferença em retornos. E vale lembrar que são 77 hoje, mas nem sempre as carteiras foram iguais – elas mudam ao longo do tempo e têm características bem diferentes. Vamos ver o histórico de lucro das 100 da Nasdaq: ganharam de lavada contra os 500 da S&P desde 2003!
Fonte: NASDAQ, data-base 31/Dez/2020
Outra ótica é olhar o retorno do próprio índice. Vamos olhar um intervalo ainda mais longo… Trinta anos, que tal?
Albert Einstein certa vez disse: “Os juros compostos são a 8ª maravilha do mundo.” Pois bem: se alguém tivesse investido US$ 10 mil no Nasdaq-100 lá no começo de 1990 e segurado o investimento até Abril/2021, hoje teria US$ 620 mil! Isso mesmo: 62 vezes (14,1% a.a.) de retorno, enquanto o mesmo valor investido em S&P500 teria crescido “só” 12 vezes (8,2% a.a.).
Fonte: Morningstar Direct, retornos mensais, em USD, Price Return | Análise e Elaboração: XP
Outra perspectiva: e se você botasse US$1 todo mês e segurasse esse investimento por 12 meses? Abaixo você pode ver a representação gráfica disso (o que muitos no Condado da Faria Lima chamariam de “Janela Móvel 12 Meses”). Note que em 68% dos períodos o Nasdaq-100 rendeu mais que o S&P500. Aqui, vale lembrar que nem tudo são flores: ambos sofreram perdas na ordem de ~40% durante a Crise Global Financeira 2007/2008; e o NDX perdeu ~60% durante a Crise da Bolha Tech “.com” durante 2000/2001.
Fonte: Morningstar Direct, retornos mensais, em USD, Price Return | Análise e Elaboração: XP
E como fica se compararmos esses índices gringos de ações dos EUA em relação a ações aqui no Brasil? Aí temos que considerar 2 variáveis pra compararmos “bananas com bananas”.
- Reinvestimento dos dividendos. A maioria dos índices ações internacionais estão em Price Return (“PR”), ou seja, não consideram dividendos reinvestidos nas ações que compõe o índice. Já outros fazem a conta em Total Return (“TR”): com dividendos reinvestidos. Aqui no Brasil, índices como o Ibovespa já estão em TR.
- Variação cambial. Tem dois jeitos de um brasileiro investir no exterior “com emoção, ou sem emoção”. Uma opção seria fazer esse investimento com proteção cambial – ou seja, se a taxa de câmbio R$/US$ sobe ou desce isso não impactaria seus rendimentos (os fundos Trend “em reais” por exemplo já oferecem essa proteção cambial pra você por sinal😉). Outra opção é ficar exposto ao risco cambial e não fazer hedge nenhum – aliás, vale pena lembrar que os ETFs e os BDRs aqui no Brasil que investem no exterior estão expostos ao risco cambial.
Isto dito, pra compararmos Nasdaq-100 com o “Brasil”, o gráfico abaixo mostra o a versão TR do índice com e sem variação cambial comparado com o IBrX-100 (100 da Nasdaq contra 100 da B3) nos últimos 10 anos. Mais uma vez, o jovem NDX “brilhou”. R$ 10.000 investidos em Abril/2011 teriam valorizado 22,3 vezes (36,1%a.a.) com a variação cambial (entre altos e baixos, o um dólar “subiu” de R$ 1,50 em ~2011 e para os R$ 5,30 de hoje)!
Mesmo desconsiderando o impacto da moeda, os Nasdaq-100 teria rendido 6,5 vezes (20,4%a.a.) sem a variação cambial R$/USD, enquanto o IBX-100 rendeu 2,4x vezes (9,0%a.a.)
É por essas e outras que o pessoal aqui da Rico sempre recomenda diversificar os investimentos. E ficou mais fácil diversificar internacionalmente com as ações mais inovadoras do mundo. Chegou na B3 nesta semana o NASD11 – o 1º ETF (fundo de índice listado) Da Nasdaq na América Latina! A partir de apenas R$ 10, agora é possível investir nessas 100 empresas que desempenharam tão bem ao longo da história de forma simples e eficiente. E este é só começo…
Para investir, basta acessar sua conta na Rico, abrir o Home Broker e escrever NASD11 na barra de pesquisa.
Não se esqueça de misturar esse investimento com outros ativos brasileiros. A Seleção Estrelas da Bolsa, por exemplo, está com 20% de desconto. E você, está investindo em quê?
Elaborado por:
Betina Roxo, CNPI 1493
Paula Zogbi, CNPI 2545
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