Imagine que você está em um barco e, de repente, ele começa a afundar. O barco não está tão longe da praia, mas você se desespera pois percebe que está sem o colete salva-vidas. Você não tem certeza de que consegue nadar por tanto tempo, principalmente com o mar agitado. Que situação extrema, não é mesmo? Por que será que você entrou nesse barco sem o principal equipamento de segurança?
Pois é justamente como muita gente se comporta com a própria vida financeira. O que aconteceria se você fosse demitido(a), hoje? Você conseguiria viver por quanto tempo sem entradas de renda mensais? Será que você teria que se desfazer de bens que lutou tanto para conquistar ou, pior ainda, pegar algum empréstimo para se manter?
Essas são perguntas importantes que muitas pessoas infelizmente não se fazem, mas que precisam fazer. Nesse texto vou falar sobre como você pode construir não apenas um colete, mas um bote salva-vidas da sua vida financeira. Se você colocar um pouco de foco e construir uma reserva de emergência esse pode ser o primeiro grande passo para mudar de vida.
É um assunto essencial e simples, mas isso não quer dizer que não é necessário um pouco de conhecimento para que você faça a coisa certa.
Por isso, trazemos abaixo detalhes sobre o que é, como construir e onde investir sua reserva de emergência.
Reserva de emergência e saúde mental
Sabemos que o desequilíbrio financeiro afeta o equilíbrio do corpo e da mente. Uma pessoa com problemas no bolso tem sua saúde mental agravada, o que pode virar uma verdadeira tempestade em alto-mar e trazer outras complicações. Segundo dados do Índice de Saúde Financeira dos Brasileiros – I-SFB FEBRABAN, 58% dos brasileiros vivem sob estresse por causa de compromissos financeiros. Qual o preço de se ter uma vida financeira menos estressante?
Construir uma reserva de emergência é um grande passo para ter mais paz, pois você conquista maior flexibilidade para tomar decisões. Quem tem algum valor reservado para eventuais emergências ou mudança de rumos na sua vida profissional pode tomar a decisão, por exemplo, de abandonar uma situação hostil no trabalho ou cobrir imprevistos mais graves, como uma perda de renda ou emergência de saúde na família.
Mas afinal, o que pode ser considerado reserva de emergência?
Uma das dúvidas mais comuns aos investidores iniciantes é sobre qual o valor e quais investimentos são indicados para a reserva de emergência. Vou responder a essa pergunta trazendo os fundamentos essenciais.
Primeiramente, essa é uma reserva para imprevistos e, como o próprio nome já indica, nós NÃO FAZEMOS IDEIA de quando um imprevisto vai acontecer, certo? Por isso, a reserva de emergência precisa de liquidez. A liquidez é a capacidade deste investimento se tornar dinheiro no seu bolso imediatamente. Se o barco fura, o bote precisa estar pronto para ser usado.
Uma outra questão importante é que a reserva de emergência não pode ter volatilidade. Ou seja, precisa estar em investimentos seguros e relativamente conservadores, que apresentem pouca (ou quase nenhuma) chance de alteração de valor. São essencialmente investimentos em renda fixa pós fixados – aqueles que tem sua taxa de retorno totalmente atrelada a um índice, normalmente a taxa Selic (ou o CDI). Não dá para pensar na reserva de emergência como um meio de obter elevados retornos. Afinal, esse é um dinheiro para imprevistos apenas.
Finalmente, a reserva de emergência precisa cobrir o seu custo de vida até que você consiga se reestabelecer e voltar a ter uma renda recorrente. Por isso, o valor dessa reserva precisa ter pelo menos o suficiente para te segurar financeiramente por 6 meses. E veja bem, é um valor necessário para a sobrevivência, o que significa que você não pode manter o padrão de vida se ficar sem renda, é claro. Em caso de imprevistos, é necessário reduzir, segurar o tranco, deixar o bote leve até passar a arrebentação para depois encontrar a calmaria.
Como funciona na prática?
Para construir sua reserva de emergência, a primeira coisa a se fazer é organizar as contas. Você precisa entender qual a sua renda líquida total (ou seja, após os impostos), quais são os seus gastos, o seu custo de vida, o seu patrimônio atual, além é claro, das dívidas, se houver.
É essencial também calcular qual o custo de vida básico, que é aquele que você não pode abrir mão. Contas como aluguel, luz, água, condomínio, gastos com alimentação e saúde precisam estar nessa conta. São as necessidades vitais que você precisa entender quanto custam.
Por exemplo, uma pessoa com renda líquida de R$5.000 e um custo de contas básicas de R$2.500 precisa ter minimamente R$15.000 de reserva de emergência, que é o equivalente a 6 meses do seu custo básico. Vamos supor, então, que essa pessoa organizou suas contas e vai gastar no máximo um total de R$4.500 por mês, o que possibilita que ela poupe e invista R$500 todos os meses para a sua reserva de emergência.
Investindo em um CDB com liquidez diária que renda 100% do CDI ou no Tesouro Selic, que são investimentos indicados para a reserva de emergência, essa pessoa alcançaria sua reserva em 26 meses, conforme tabela abaixo:
Valor mensal | R$ 500,00 |
Taxa de juros anual | 13,75% |
Período (meses) | 26 |
Resultado | |
Valor Total Final | R$ 15.077,61 |
Valor total investido | R$ 13.000,00 |
Total em juros | R$ 2.077,61 |
Ou seja, com um pouco de disciplina, em pouco mais de 2 anos essa ela conseguirá conquistar sua reserva de emergência, recebendo juros de mais de R$2.000 no período (considerando a taxa Selic atual, de 13,75% ao ano).
Onde investir minha reserva de emergência?
Como vimos, ter uma reserva de emergência sólida e adequada às suas necessidades é essencial para avançar no seu bem-estar financeiro. Por meio dela, é possível manter a segurança e ganhar mais autonomia na hora de trocar de emprego ou montar um novo negócio, por exemplo. Quando os ventos mudam, é essencial que as velas estejam ajustadas para conseguirmos aproveitar o melhor que novas oportunidades, ou imprevistos, acabam trazendo.
E para simplificar sua tarefa na escolha, listamos alguns ativos que recomendamos para sua reserva de emergência. E o melhor? Todos disponíveis na sua conta da Rico!
1 – Tesouro Selic: Título público federal de renda fixa criado e disponibilizado através do Tesouro Direto. Ele tem rentabilidade pós-fixada que acompanha a variação da principal taxa do mercado financeiro: a Selic. Preferencialmente do vencimento mais longo disponível.
2- Trend Pós Fixado: Fundo de investimento, com exposição ao índice DI por meio de uma carteira de ativos de renda fixa pós-fixada emitidos pelo governo (títulos públicos federais). Aplicação inicial de R$ 100,00.
3- Trend DI FIC FIRF Simples: Fundo de investimento disponível para novos clientes da Rico, com exposição ao índice DI por meio de uma carteira de ativos de renda fixa emitidos pelo governo (títulos públicos federais). Aplicação inicial: R$ 100,00 – limite de alocação: R$ 100.000,00
Elaborado por:
Bruna Sene, CNPI-T 1847
1) Este relatório de análise foi elaborado pela Rico Investimentos, que é uma marca da XP Investimentos CCTVM S.A. (“Rico”) de acordo com todas as exigências previstas na Resolução CVM nº 20/2021, tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar sua própria decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta ou solicitação de compra e/ou venda de qualquer produto. As informações contidas neste relatório são consideradas válidas na data de sua divulgação e foram obtidas de fontes públicas. A Rico não se responsabiliza por qualquer decisão tomada pelo cliente com base no presente relatório.
2) Este relatório foi elaborado considerando a classificação de risco dos produtos de modo a gerar resultados de alocação para cada perfil de investidor.
3) O(s) signatário(s) deste relatório declara(m) que as recomendações refletem única e exclusivamente suas análises e opiniões pessoais, que foram produzidas de forma independente, inclusive em relação à Rico e que estão sujeitas a modificações sem aviso prévio em decorrência de alterações nas condições de mercado, e que sua(s) remuneração(es) é(são) indiretamente influenciada por receitas provenientes dos negócios e operações financeiras realizadas pela Rico.
4) O analista responsável pelo conteúdo deste relatório e pelo cumprimento da Resolução CVM nº 20/2021 está indicado acima, sendo que, caso constem a indicação de mais um analista no relatório, o responsável será o primeiro analista credenciado a ser mencionado no relatório.
5) Os analistas da Rico estão obrigados ao cumprimento de todas as regras previstas no Código de Conduta da APIMEC para o Analista de Valores Mobiliários e na Política de Conduta dos Analistas de Valores Mobiliários do Grupo XP.
6) Os produtos apresentados neste relatório podem não ser adequados para todos os tipos de cliente. Antes de qualquer decisão, os clientes deverão realizar o processo de suitability e confirmar se os produtos apresentados são indicados para o seu perfil de investidor. Este material não sugere qualquer alteração de carteira, mas somente orientação sobre produtos adequados a determinado perfil de investidor.
7) A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço ou valor pode aumentar ou diminuir num curto espaço de tempo. Os desempenhos anteriores não são necessariamente indicativos de resultados futuros. A rentabilidade divulgada não é líquida de impostos. As informações presentes neste material são baseadas em simulações e os resultados reais poderão ser significativamente diferentes.
8) Este relatório é destinado à circulação exclusiva para a rede de relacionamento da Rico. Fica proibida sua reprodução ou redistribuição para qualquer pessoa, no todo ou em parte, qualquer que seja o propósito, sem o prévio consentimento expresso da Rico.
9) SAC. 0800 774 0402. A Ouvidoria da Rico tem a missão de servir de canal de contato sempre que os clientes que não se sentirem satisfeitos com as soluções dadas pela empresa aos seus problemas. O contato pode ser realizado por meio do telefone: 0800-722-3730.
10) O custo da operação e a política de cobrança estão definidos nas tabelas de custos operacionais disponibilizadas no site da Rico: https://www.rico.com.vc/custos. 11) A Rico se exime de qualquer responsabilidade por quaisquer prejuízos, diretos ou indiretos, que venham a decorrer da utilização deste relatório ou seu conteúdo.
12) A Avaliação Técnica e a Avaliação de Fundamentos seguem diferentes metodologias de análise. A Análise Técnica é executada seguindo conceitos como tendência, suporte, resistência, candles, volumes, médias móveis entre outros. Já a Análise Fundamentalista utiliza como informação os resultados divulgados pelas companhias emissoras e suas projeções. Desta forma, as opiniões dos Analistas Fundamentalistas, que buscam os melhores retornos dadas as condições de mercado, o cenário macroeconômico e os eventos específicos da empresa e do setor, podem divergir das opiniões dos Analistas Técnicos, que visam identificar os movimentos mais prováveis dos preços dos ativos, com utilização de “stops” para limitar as possíveis perdas.
13) Antes de qualquer decisão, os clientes deverão realizar o processo de suitability e confirmar se os produtos apresentados são indicados para o seu perfil de investidor.