• Até os maiores gestores do Brasil estão preocupados com as eleições de 2022
  • Sim, a política mexe com os mercados, mas se você é um “Stock Picker” — ou seja, um investidor que busca as melhores oportunidades de ações na bolsa com foco no longo prazo —, as suas tomadas de decisões na bolsa não deveriam mudar completamente por causa de um outro presidente
  • Saber o que comprar e quando comprar é a combinação mais importante para ser um investidor de sucesso.
*Por Thiago Salomão, criador e apresentador do Stock Pickers  Olá, Ricos e Ricas. Aqui é o Thiago Salomão, criador e apresentador do Stock Pickers. Que satisfação escrever novamente no Rico Matinal! Por um ano e meio da minha vida, eu escrevi diariamente para todas as 13 pessoas que leem este periódico. Além disso, 30 de março é um dia muito especial para mim: hoje é o aniversário de Sophia Colaneri, a espectadora mais fiel do Stock Pickers e, por coincidência, mãe deste que vos escreve. Hoje também é niver do meu eterno pupilo Lucas Collazo, o garoto prodígio que muito em breve estará entre os maiores porta-vozes de finanças do Brasil (podem me cobrar no futuro). Mas vamos ao que interessa, porque RM bom é aquele que vai direto ao ponto: Falar de política sem causar polêmica é quase impossível nos dias de hoje. Embora no Stock Pickers a gente sempre goste de trazer temas polêmicos para discussão, fugimos deste debate porque é muito fácil ele sair do campo dos investimentos e tornar-se uma briga passional. E sabemos bem que, para um investidor, não há nada mais destrutivo do que a emoção sobrepor-se à razão. Pois bem, o tema política foi muito comentado no último fim de semana: não se falava de outra coisa nos grupos de Whatsapp do mercado que não fosse a entrevista de Luis Stuhlberger ao Estadão (link aqui). Se você não conhece Luis Stuhlberger, entenda em um parágrafo por que quando ele fala, o mercado escuta: Stuhlberger é gestor de um dos fundos mais vencedores da história do Brasil, o Fundo Verde. Desde sua criação (1997), a rentabilidade acumulada do Verde é de 18.681%, contra 2.230% do CDI. Em seus 23 anos completos de história, o fundo só teve rendimento negativo em um ano (2008, -6,4%) e ficou abaixo do CDI neste e em outros dois anos (2014 e 2017). Em determinado momento da entrevista, Stuhlberger deu a seguinte resposta sobre eleições de 2022: “Os empresários – e eu estou junto a eles – estão literalmente apavorados com a hipótese de ter de escolher num segundo turno entre Bolsonaro e Lula, no ano que vem. O empresariado está desesperadamente buscando um candidato do centro. Nunca, na minha vida, votei em branco, porque sempre acho que existe um mal menor. Dessa vez, se for Bolsonaro contra Lula, vou ter de votar em branco, porque não há mal menor entre os dois. É um recado para o presidente, no sentido de que melhore, porque há muitas pessoas e eleitores que pensam como eu.” Se nem mesmo Stuhlberger escapou das críticas (dos dois lados políticos, diga-se de passagem) ao falar de política, não serei eu que vou testar o limite de todos os 13 leitores do RM. Mas quero te mostrar que, se você é um “Stock Picker” — ou seja, um investidor que busca as melhores oportunidades de ações na bolsa com foco no longo prazo -, as suas tomadas de decisões na bolsa não deveriam mudar completamente por causa de um outro presidente. É isso mesmo: você pode passar o dia todo na internet debatendo sobre política, mas suas convicções de investimentos na bolsa não podem mudar drasticamente por causa de fulano ou ciclano ganhando a eleição. Óbvio que um ou outro presidente pode trazer melhores (ou piores) perspectivas para a economia brasileira e consequentemente para os mercados. Mas isso não significa dizer que você deve colocar 100% do dinheiro em ações ou tirar tudo da bolsa dependendo do resultado eleitoral. E exemplos não faltam para provar isso… De janeiro de 2010 e janeiro de 2016, o Ibovespa caiu impressionantes 41% durante o governo Dilma Rousseff, em uma gestão marcada por diversas medidas que afastaram investidores internacionais e colapsaram nossas contas públicas e nossa economia (a queda da economia brasileira no biênio 2015-2016 foi uma das maiores da nossa história). Mesmo em um cenário tão devastador, tivemos várias empresas de diferentes setores que conseguiram vencer essas adversidades e cresceram a passos largos. A varejista Renner triplicou de valor neste período, a rede de farmácias Raia Drogasil subiu 600% e a Ambev ganhou 250% de valor de mercado. No setor financeiro, os bancos e a B3 (na época, BM&FBovespa e Cetip) também uma performance positiva, só que mais tímida, ao passo que a Cielo subiu mais de 400% nestes 6 anos. Ultrapar, Equatorial, Lojas Americanas, Weg… são outros casos de empresas que mais que duplicaram de valor na bolsa mesmo em um momento extremamente complicado para nosso País. Por que isso acontece? Se fosse responder em apenas uma frase, seria “as empresas que estão na bolsa não representam a nossa economia como um todo, elas são as melhores dentro de seus setores”. Evidente que você também encontrará empresas ruins na bolsa, mas em sua grande maioria aquelas que buscaram o mercado de capitais estão entre as melhores do Brasil, seja porque tem um produto único, ou porque tem uma equipe de gestão competentíssima ou porque tem processos claros e comprovados de sucesso etc. Há também o “lado bom” de viver e sobreviver em um país que passa constantemente por crises: como já me disse um gestor de fundos em um dos Stock Pickers, o Brasil é o único país no mundo em que você tem muitas chances de comprar excelentes empresas a preços muito baixos. Como temos mais crises do que mercados mais desenvolvidos, a nossa bolsa costuma ter mais “solavancos”, derrubando até mesmo as ações das boas companhias. Você só precisa de duas coisas para se aproveitar disso: saber quais são essas boas empresas e paciência para esperar a “hora certa”. Saber o que comprar e quando comprar é a combinação mais importante para ser um investidor de sucesso. “Ok, mas como faço pra saber quais ações comprar e quando comprá-las?” Essa é a pergunta que eu mais recebia dos nossos espectadores e ouvintes do Stock Pickers. Afinal, como tornar acessível para todos os investidores o mesmo conhecimento que os grandes vencedores da bolsa utilizam em seus investimentos? Foi aí que criamos o Valuation Raiz. Um treinamento totalmente focado em ensinar o que um investidor de ações precisa saber: como aplicar na prática toda a teoria de valuation, para assim identificar as melhores oportunidades da bolsa. Se você se interessou por este treinamento, quero pedir dois dias de paciência: isso porque eu vou anunciar uma condição especial para o Valuation Raiz que valerá apenas para quinta-feira, dia 1º abril (não é mentira, ok?). Clica neste link pra entrar no nosso grupo do Whatsapp que daí você não perde esse meu aviso. Lembre-se: você, como cidadão, pode ter sua preferência política e discutir o quanto for por isso. Mas isso não deve afetar suas convicções na bolsa (ou, pelo menos, não deveria afetar). As boas empresas vão vencer no longo prazo, seja quem for que esteja na Presidência. O grande mestre Warren Buffett já disse uma vez que “Você deve investir num negócio que até um idiota poderia dirigir, porque algum dia um idiota o dirigirá”. Podemos usar a mesma analogia para quem está dirigindo um País.

Elaborado por:

Betina Roxo, CNPI 1493 Paula Zogbi, CNPI 2545

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As operações com esses derivativos são consideradas de risco muito alto por apresentarem altas relações de risco e retorno e algumas posições apresentarem a possibilidade de perdas superiores ao capital investido. A duração recomendada para o investimento é de curto prazo e o patrimônio do cliente não está garantido neste tipo de produto. O investimento em termos é indicado para investidores de perfil agressivo, de acordo com a política de suitability praticada pela Rico. São contratos para compra ou a venda de uma determinada quantidade de ações, a um preço fixado, para liquidação em prazo determinado. O prazo do contrato a Termo é livremente escolhido pelos investidores, obedecendo o prazo mínimo de 16 dias e máximo de 999 dias corridos. O preço será o valor da ação adicionado de uma parcela correspondente aos juros – que são fixados livremente em mercado, em função do prazo do contrato. Toda transação a termo requer um depósito de garantia. 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