Tenho certeza que você já leu o Ano Novo, agora vai!, nosso conteúdo pra te ajudar a alcançar suas metas nesse ano. Mas se não leu, é só clicar aqui. Lá, falamos sobre investir de um jeito simples e trazemos os nossos cenários para investimentos esse ano.

A vacinação contra o coronavírus começou no fim de 2020 em vários países, e, na última segunda (18), o Brasil se juntou ao bloco. Com a imunização em andamento, estamos cada vez mais consolidados na parte de cima do gráfico a seguir, rumando para a recuperação econômica após um ano com vários percalços.

Por isso, vamos explicar melhor como a vacina pode afetar seus investimentos.

Commodities

A China está aumentando a potência do seu aspirador e demandando cada vez mais materiais básicos para realizar seus investimentos em infraestrutura. Com a retomada econômica, esse movimento deve se intensificar, como explicamos nesse texto.

Aliás, essa questão não é nada exclusiva dos chineses: com o mundo todo se preparando para a retomada, os investimentos em infraestrutura devem acompanhar, o que pode ajudar esse ciclo forte das commodities a se manter nos próximos anos.

Isso não significa que você precisa sair investindo diretamente em metais, minérios e outros ativos deste segmento. As companhias que atuam nesse setor que possuem ações listadas podem ser uma opção.

Ações

Apesar da forte recuperação recente, as ações brasileiras ainda permanecem muito atrás, enquanto o índice Ibovespa ficou entre os mercados de pior desempenho globalmente em 2020 (em dólares). Além disso, tanto o Ibovespa quanto os índices MSCI Brasil estão fortemente inclinados para os nomes cíclicos e o setor financeiro, que devem se beneficiar de uma recuperação do crescimento global e de uma continuação da “reabertura do comércio”, impulsionada pelas vacinas.

Esperamos que o Brasil cresça +3,4% em 2021, se recuperando parcialmente do declínio esperado de -4,6% em 2020. Isso deve apoiar as empresas brasileiras a crescerem fortemente seus lucros em 2021, o que é muito positivo para bolsa e para os setores que foram mais impactadas pela pandemia – Transportes, Varejo Físico, Shoppings, Bares & Restaurantes e Turismo.

Vale notar que, nesse cenário, já houve revisão para cima nas estimativas de lucros das empresas do Ibovespa para os próximos 12 meses. Com isso, o múltiplo Preço/Lucro do Ibovespa caiu para 13,2x, em linha com a média histórica, mostrando que, apesar do forte rali na Bolsa desde novembro, ela ficou mais barata, com os lucros esperados mais altos.

Além disso, os estímulos econômicos devem continuar impulsionando os mercados e a volta aos holofotes dos mercados emergentes, setores cíclicos e commodities também é muito positiva para a bolsa brasileira.

Inflação

Com a vacina (e ainda em um ambiente de muito dinheiro em circulação na economia), a reabertura da economia pode causar novas pressões temporárias em preços de itens como a gasolina, serviços e passagens aéreas, por exemplo. Vimos uma parte dos serviços saltarem de preço no momento da reabertura parcial (destaque para lanches, cafés e consertos de máquinas de lavar roupa), mas ainda há categorias que estão sem demanda até que a imunização torne o isolamento desnecessário.

Acreditamos que a pressão inflacionária é temporária, como dissemos neste texto, mas ter exposição a ativos que protegem dos aumentos dos preços ainda é importante neste momento de incerteza e altíssima liquidez.

Que ativos são esses? Bom, para começar, você pode encontrar essa proteção na boa e velha renda fixa indexada ao IPCA (encontrada no Tesouro Direto, títulos privados, ETFs e fundos como o XP Debêntures Incentivadas, que está nas nossas carteiras recomendadas).

Também dá para ganhar acima da inflação com ativos reais. Isso inclui, por exemplo, as já citadas commodities, imóveis (fundos imobiliários de contratos atípicos corrigidos pelo IGP-M são uma boa pedida aqui) e até mesmo ações, dado que boas empresas com uma carteira sólida de clientes tendem a conseguir repassar os aumentos dos preços aos seus produtos.

Fundos imobiliários

A reabertura das cidades após a imunização da população também deve favorecer os fundos imobiliários, que fecharam 2020 ainda para trás — o IFIX ficou com variação negativa no ano, de -10,24%, e acreditamos que há espaço para recuperação de fundos com ativos de qualidade e boa localização.

Aqui, temos convicção de que sempre haverá busca por lajes corporativas de qualidade e boa localização, principalmente nos maiores centros comerciais e financeiros, ainda mais com a expectativa de que a população vacinada comece a retornar ao trabalho presencial em breve.

Outro segmento impactado pela pandemia, o de shopping centers, viu sua taxa de vacância passar de 5% para 8% até dezembro. A partir da reabertura, esperamos um movimento de recuperação das vendas e reocupação desses espaços, mas ressaltamos que ela pode ser errática, dado que a campanha de vacinação deve ter duração extensa e podemos ver volatilidade no curto prazo.

Você pode se aprofundar e entender mais sobre como os FIIs podem compor sua carteira nesse texto.

Moedas

O início da vacinação, assim como a perspectiva de reabertura e estímulos econômicos, pode fortalecer o movimento que vimos no final do ano passado nos mercados de rotação de ações de empresas de crescimento (no geral, de tecnologia) para ações de empresas de valor, como falamos aqui, impulsionado também pela perspectiva de reabertura e estímulos econômicos.

O dólar também está mais fraco desde o fim do último ano, com expectativa de retomada do crescimento global após a imunização contra o coronavírus, que faz os investidores terem menos aversão ao risco, e pelas políticas do Federal Reserve.

Nesse contexto, os mercados emergentes ganham destaque, não só pela composição relevante por empresas de valor, como é o caso do Ibovespa, mas também pelo dólar mais fraco (seguindo mais emissão de moeda nos EUA e menor aversão ao risco no mundo). Isso torna os investimentos nos mercados emergentes mais atrativos e, consequentemente, fortalece as moedas emergentes.

O real ainda vê períodos de desvalorização em relação ao dólar por questões próprias do Brasil, como a necessidade que o mercado vê de reformas fiscais para atrair o fluxo estrangeiro e agravamento da pandemia sem um plano claro de vacinação, mas a tendência global é de enfraquecimento da moeda americana. Ainda é interessante manter uma parte da carteira de investimentos dolarizada como proteção, mas vale diminuir essa parcela se estiver muito exposto(a).

Elaborado por:

Betina Roxo, CNPI 1493

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