- Bolsas europeias amanhecem em leve queda. As bolsas americanas não abrem devido ao Memorial Day
- Investidores esperam uma semana importante de divulgação de dados econômicos no mundo todo
- OCDE afirma que a perspectiva econômica global está melhorando, mas cita lentidão da vacinação em mercados emergentes como ponto de atenção
- No Brasil, chamam a atenção o risco de racionamento de energia e água, causado pela pior temporada de chuvas em 91 anos
Após fecharem em alta na sexta, bolsas europeias amanhecem em leve queda hoje, caindo 0,03%. Os mercados globais caminham para registrar o quarto mês seguido de ganhos, com o índice global do MSCI, o ACWI, acumulando 1,4% de alta no mês até essa manhã. Hoje as bolsas americanas não abrem devido ao Memorial Day.
Busy week. Os investidores têm pela frente uma semana importante de divulgação de dados econômicos, que devem confirmar se o caminho da recuperação econômica seguirá estável. Os dados de payroll dos EUA serão publicados na sexta, e podem prejudicar os mercados se mudarem a percepção da força da recuperação. PMIs e dados de inflação em outros países também fazem parte da agenda.
Mais uma vez, a inflação. Sexta-feira passada, o deflator dos gastos do consumo nos EUA – a medida de inflação preferida do Federal Reserve – subiu 0,7% em maio, acima das expectativas do mercado (0,6%). A taxa anual aumentou de 1,9% para 3,1%, a maior desde maio de 1992. No entanto, o Fed provavelmente continuará a ver isso como um choque transitório e não deve ajustar a política monetária tão cedo. Nosso time de economia espera que este seja o pico da trajetória da inflação anual, e projeta 2,67% ao final deste ano e 1,6% até o final de 2022 para a inflação americana.
E a retomada? Em relatório publicado hoje, a OCDE afirma que a perspectiva econômica global está melhorando à medida que o o avanço da vacinação permite que os negócios sejam retomados, enquanto os Estados Unidos injetam trilhões de dólares na maior economia do mundo. Com isso, a organização revisou suas previsões de crescimento para o PIB global para 5,8% nesse ano, que antes era de 5,6%. Para o G20, prevê crescimento de 6,3%, e para a Zona do Euro, de 4,3%. Por outro lado, a organização cita a lentidão da vacinação e novos surtos de Covid-19 em mercados emergentes como ponto de atenção para a recuperação dessas economias.
Apagão? No Brasil, a imprensa chama atenção para o risco de racionamento de energia e água, causado pela pior temporada de chuvas em 91 anos. A maioria dos especialistas acredita que a oferta potencial hoje é suficiente para evitar um racionamento amplo, como ocorreu em 2001. Mesmo assim, racionamentos pontuais, em horários de pico, parecem possíveis. De qualquer forma, com a ativação das plantas térmicos, os custos com energia aumentarão nos próximos meses. O estabelecimento de bandeira tarifária “vermelha 2” para o consumidor em junho, anunciada no final da semana passada, aponta nesta direção. A analista de Energia e Petróleo e Gás da XP, Maíra Maldonado, explica aqui como a deterioração do cenário hidrológico afeta as ações do setor elétrico.
Também é coisa nossa. A inflação dos preços ao produtor continua subindo por aqui: o IGP-M de maio, divulgado na última sexta-feira, atingiu 37% na variação anual. Junto com o problema de energia, o aumento da matérias primas revelado pelo IGP-M traz um risco de alta para a projeção do nosso time de economia de 5,4% para o IPCA de 2021. Na última sexta, explicamos como usar FIIs a seu favor nesse cenário.
Hoje, o Governo publica hoje os números fiscais do governo geral de abril. Mas o principal destaque desta semana são os números do PIB do primeiro trimestre, que serão divulgados amanhã.
Nas horas vagas
Explorando as fronteiras do universo. O projeto Dark Energy Survey apresentou os resultados de seus anos de observação espacial na semana passada, fornecendo o maior mapa de distribuição de galáxias já feito.
O projeto envolve mais de 400 cientistas em vários países, com observações feitas em um telescópio no Chile. Os resultados divulgados até agora mostram 226 milhões de galáxias, cobrindo os últimos 7 bilhões de anos do universo.
O objetivo dos pesquisadores é ajudar a desvendar os mistérios da energia escura e da matéria escura. Você pode ler mais sobre aqui.
Elaborado por:
Betina Roxo, CNPI 1493
Paula Zogbi, CNPI 2545
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