• Mercados sem força, com PIB tímido na Europa e em meio à temporada de resultados nos EUA
  • O PIB da Zona do Euro apresentou retração de 0,6%, com destaque para a Alemanha que apresentou queda de 1,7% contra expectativa de -1,5% do mercado
  • Nos EUA, PIB subiu 6,4% no primeiro trimestre, abaixo da expectativa do mercado de 6,7%, mas ainda assim indicando recuperação em ritmo sólido
  • Amazon foi o destaque dos resultados lá fora, com crescimento de 44% em sua receita
  • O governo central registrou superávit primário, reduzindo o déficit acumulado em 12 meses

Mercados amanhecem negativos lá fora, com os índices futuros nos EUA caindo entre 0,39% e 0,85%; já na Europa, o Stoxx 600 tem queda de 0,15%. Investidores de olho na temporada de resultados nos EUA e dados econômicos fracos na Europa.

Moiô na Europa. Pois é, os dados de PIB reportados na Zona do Euro não estão lá a “coisa mais animadora do mundo”, com retração de 0,6%, devido aos efeitos da segunda onda da Covid. Com destaque para: PIB alemão caiu 1,7% no comparativo trimestral no primeiro trimestre, um pouco pior do que o consenso (-1,5%). Na Itália, o PIB caiu 0,4%. As restrições da pandemia foram um obstáculo sustentado em ambos os países. Apesar do desempenho modesto no primeiro trimestre, a economia europeia deve ganhar velocidade no segundo trimestre com o progresso da vacinação.

Porém, o mundo adora um contraste. O PIB dos EUA cresceu 6,4% no primeiro trimestre de 2021 em relação ao quarto trimestre de 2020. O resultado ficou um pouco abaixo das expectativas do mercado (6,7%), mas ainda sugere que a economia dos EUA continua se recuperando em ritmo sólido. A principal fonte desse crescimento lá na terrinha do Tio Sam foi o consumo pessoal, que disparou 10,7%, ante 2,3% no quarto trimestre do ano passado, muito disso por conta da novela dos estímulos fiscais, que em seus capítulos de aprovação, colocou uma grana pesada para circular lá na economia americana.

E a tal da temporada de resultados? Ótimo ponto! Dos resultados reportados ontem, Amazon foi o grande destaque positivo com crescimento de 44% na receita. Já as ações do Twitter chegaram a cair 10% após o fechamento do mercado, com a declaração da companhia relatar uma possível decepção com as vendas no primeiro trimestre desse ano.

Enquanto isso, aqui no canarinho: o governo central registrou superávit primário de R$ 2,1 bilhões em março – reduzindo o acumulado em 12 meses para déficit de R$ 759,5 bilhões (9,5% do PIB), ante R$ 776,8 bilhões em fevereiro. O resultado foi melhor do que o consenso de mercado (em R$ – 5,0 bilhões) e foi gerado tanto de gastos limitados quanto de forte arrecadação tributária.

Tão deixando o mercado sonhar (ou não). O líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros, anunciou ontem um encaminhamento para a discussão da reforma tributária em etapas pelos deputados. A proposta gerou reação negativa de líderes que se queixam de não terem sido consultados e ilustra a dificuldade do governo, mesmo para avançar com uma reforma menor que a original.

De tempo fechado no planalto. A CPI da Pandemia aprovou a convocação para a semana que vem do Ministro Marcelo Queiroga e de seus antecessores, além do presidente da Anvisa. O calendário indica mais uma semana de desgaste à vista para o Planalto.

Alerta de Novidade: a Briedgewater Associates, uma das maiores gestoras e mais renomadas do mundo, do famoso Ray Dalio, terá mais um de seus fundos na plataforma da Rico, o Core Global Macro. Ele é uma mescla entre duas estratégias renomadas da casa, será disponibilizado em dólares e na versão hedgeada para reais, com aplicação mínima inicial de R$ 500, mas disponível apenas para investidores qualificados. Saiba mais aqui.

Elaborado por:

Betina Roxo, CNPI 1493
Paula Zogbi, CNPI 2545

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