- Bolsas mistas no mundo em resposta a resultados de gigantes e à espera da reunião do FOMC e planos de Biden
- O BC americano deve manter os juros baixos e continuar aceitando pressão temporária nos preços
- Joe Biden vai revelar o plano de ajuda a famílias de US$ 1,8 trilhão, com aumento de impostos sobre ganhos de capital
- Já sabemos os resultados de 178 das 500 empresas do S&P, com 84% surpreendendo positivamente — e hoje tem mais
- No Brasil, foi dada a largada da CPI que investiga o tratamento da Covid-19 pelo governo
Bolsas mistas mais uma vez ao redor do mundo. Futuros do S&P têm leve alta de 0,07%; Nasdaq e Dow Jones caem 0,15%. Do outro lado do Atlântico, EuroStoxx em +0,07%.
Vai ser um dia agitado no noticiário. Às 14h (de Brasília) o Banco Central americano divulga a decisão mais recente para a taxa de juros da economia — todos de olho na fala do presidente do Fed, Jerome Powell, em seguida. A expectativa é que seja mantida a taxa entre 0 e 0,25%, permitindo pressão temporária à inflação, como os agentes do Fed vêm defendendo ultimamente. À espera da decisão, os juros dos treasuries americanos de 10 anos voltaram a ficar acima de 1,6% ontem.
Mais tarde, Joe Biden deve revelar o plano de ajuda a famílias de US$ 1,8 trilhão. Com isso, pode vir o aumento de impostos sobre ganhos de capital acima de US$ 1 milhão ao ano, para 36,9% — medida para a qual investidores torcem o nariz e deve afetar 0,03% dos americanos. A novidade de hoje é que deve ser eliminado benefício tributário para gestores de private equity.
A temporada de resultados segue de vento em popa. A Alphabet, holding do Google, divulgou números fortes e subiu mais de 5% no aftermarket de ontem A Microsoft mostrou fortes vendas de computadores, mas tinha queda de 2% mesmo assim. Já sabemos os resultados de 178 das 500 empresas do S&P, com 84% surpreendendo positivamente. Hoje conheceremos os números do trimestre passado para empresas como Apple, Facebook, eBay e Boeing. Quer mais? Aqui é dia de Santander, CSN, Localiza, entre outras empresas.
PF com preço de ouro? Ontem saíram dados de inflação (IPCA-15) um pouco melhores do que o esperado pelo mercado, o que contribuiu para aumentos nos juros futuros aqui no Brasil. O que Chamou a atenção na imprensa, porém, foi a alta de 60% em 12 meses no arroz e feijão, itens indispensáveis da cesta básica brasileira (bem acima da inflação geral em 6% no mesmo período). Nossa equipe econômica avalia que o balanço de riscos para inflação permanece assimétrico para cima.
Hoje tem. No calendário, destaque para a divulgação do Caged (saldo de emprego formal) de março, que deve apresentar desaceleração no ritmo de geração líquida de vagas, além dos indicadores de confiança do consumidor e do comércio divulgados pela FGV (relativos a abril) e do Relatório Mensal da Dívida Pública do Tesouro Nacional (referente a março).
Começou a CPI. Ontem foi instalada a comissão que investiga o trato da pandemia pelo governo brasileiro no senado. Renan Calheiros assumiu a relatoria, apesar das tentativas do governo de impedir que a função, crucial nos trabalhos da Comissão, fosse atribuída a um opositor. A composição da CPI é desfavorável ao Palácio do Planalto, e o tema deve manter protagonismo em Brasília nas próximas semanas.
Baixas na equipe econômica. Quatro trocas, pelo menos, vão acontecer no ministério da Economia em uma nova reformulação da pasta, com substituições na Secretaria de Fazenda, em que sai Waldery Rodrigues e assume Bruno Funchal, e na Secretaria do Tesouro, em que Jefferson Bittencourt vai para o lugar de Funchal. A sensação de parte do mercado é de desmonte e enfraquecimento do Ministro Paulo Guedes. Há percepção crescente de que o Ministério da Economia possa ser fatiado para acomodar interesses políticos, levando à recriação de algumas pastas ministeriais (Planejamento; Trabalho e Previdência; Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior).
Nas horas vagas
Você usa sapatos em casa? No nosso relatório Deep Dive, de Itaúsa (encontrado na carteira RICO3 de abril), mencionamos números impressionantes para a Alpargatas por conta de Havaianas. Ainda mais impressionante é o desempenho da Crocs na pandemia.
A marca de papetes (?) de borracha divulgou ontem receita recorde e uma alta de 64% ano contra ano. Nos últimos 12 meses, a ação subiu mais de 300%. Até o Justin Bieber participou da festa: em outubro e março, anúncios de uma colaboração entre o cantor e a marca foram sucesso absoluto. Os pares da segunda collab custavam US$ 70 e esgotaram completamente em 90 minutos — Yummy, de fato.

Elaborado por:
Betina Roxo, CNPI 1493
Paula Zogbi, CNPI 2545
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