• Começa hoje a reunião de dois dias do Fomc, que define a política monetária dos EUA;
  • Por falar em EUA, a atividade comercial no país cresceu de forma mais lenta em 18 meses em janeiro;
  • Em geopolítica, um acúmulo de tropas russas na fronteira com a Ucrânia preocupa;
  • E a PEC dos Combustíveis segue em forte debate.

As bolsas amanhecem em clima de cautela nesta terça-feira em que se inicia a reunião de dois dias de política monetária do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos. Ontem foi um dia conturbado nas bolsas: o S&P, que reúne as maiores empresas listadas no país, está em território de correção, apresentando queda de -10% em relação à máxima histórica. A bolsa chegou a perder US$ 3 trilhões em capitalização no pregão. Pesado, mas o índice acabou fechando positivo.

O que vai acontecer no Fed? Espera-se que o banco central americano forneça orientação sobre a trajetória de aperto da política monetária (e aumentos nos juros) antes da reunião de março, na qual os investidores esperam a primeira alta de juros pós-pandemia. Por aqui, projetamos 3 altas em 2022.

Lentidão no crescimento por culpa da Ômicron. Ainda nos EUA, atividade comercial cresceu no ritmo mais lento em 18 meses em janeiro, com um aumento nas infecções por Covid-19 piorando a escassez de trabalhadores nas fábricas, embora a demanda permanecesse forte. A empresa de dados IHS Markit disse ontem que seu índice PMI composto dos EUA, que acompanha os setores de manufatura e serviços, caiu para 50,8 este mês, ante 57,0 em dezembro. Esse foi o nível mais baixo desde julho de 2020. Lembrando que uma leitura acima de 50 indica crescimento no setor privado.

Tensão na Rússia. Um acúmulo de tropas russas na fronteira com a Ucrânia causou temores de que a Rússia invadiria o país. A Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) disse ontem que está colocando a força de prontidão e reforçando a Europa Oriental com mais navios e caças.

Tem notícia boa? O instituto Ifo divulgou hoje cedo seu índice de clima de negócios na Alemanha de janeiro, que subiu em relação ao mês anterior. É a primeira melhora em sete meses com a redução dos gargalos na oferta ajudando a elevar a produção industrial na maior economia da Europa.

E a gasolina, heim? No Brasil, o governo ainda debate sobre qual seria o conteúdo ideal da PEC dos Combustíveis, em especial a inclusão da possibilidade de redução do ICMS. Mas há pressões políticas contrárias. Segundo estimativas da XP, na situação extrema em que houvesse a zeragem ICMS/PIS/Cofins seria de 4,2% no IPCA de 2022, ao custo de R$ 237 bilhões. Mas o cenário é improvável, pois sem compensação da União, os estados continuam restrito pela impossibilidade de emitir dívida.

Nas horas vagas

Meu controle remoto funciona com uma bateria recarregável por energia solar, o que eu acho o máximo. Mas isso pode ser coisa do passado em breve. Uma empresa brasileira trabalha em uma tecnologia que usa energia contida “no ar”, e pode dispensar por completo o uso de baterias. Entenda no Reset.