Bolsas mundiais abrem em alta nesta quarta, mas o movimento é limitado pela propagação da covid-19 e pelo possível entrave ao pacote de estímulos de US$ 900 bilhões nos EUA. O Euro Stoxx tem alta de 0,6% e os futuros americanos sobem 0,3%. 

Após os congressistas chegarem a um acordo sobre o pacote de estímulos para conter os efeitos econômicos do coronavírus nos EUA, ontem o presidente Donald Trump demandou mudanças no texto aprovado, que classificou como uma “vergonha”.

Uma das exigências do presidente é aumentar o auxílio aos cidadãos de US$ 600 para US$ 2 mil, o que faria essa parte do pacote saltar de US$ 160 bilhões para US$ 500 bilhões. Líderes democratas da Câmara pretendem submeter um projeto de lei separado com esse valor na quinta-feira, mas há dúvidas sobre a viabilidade do pacote ainda esse ano. 

Na agenda de dados econômicos, o dia é cheio para os americanos. Os principais são Pedidos de Bens Duráveis, Renda e Consumo pessoal e o resultado semanal dos pedidos de auxílio desemprego. Os números podem confirmar que o consumo e o emprego nos EUA terminam o ano em tom mais moderado, depois de fortes ganhos ao longo do segundo semestre. 

Do outro lado do oceano, o acordo pós-Brexit volta a parecer difícil por discordâncias em torno do tema da pesca. Também no Reino Unido foi registrado um novo recorde de casos de covid, com 36.803 diagnósticos. A Alemanha também bateu um novo recorde, com 36.153 novos casos na terça. 

Por outro lado, a França sinalizou que vai reabrir o fluxo comercial com o Reino Unido, que estava interrompido pela descoberta da nova cepa de coronavírus, provocando filas no Canal da Mancha. 

No Brasil, ontem o dado de inflação do IPCA-15 veio abaixo do esperado, em 1,06%. Continuamos vendo pressão no curto prazo, especialmente em bens duráveis, mas já aparecem sinais de acomodação em alimentos e outros itens. 

Elaborado por:

Betina Roxo, CNPI 1493

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