- Bolsas mistas, com atenção aos impostos nos EUA, orçamento no Brasil e Cúpula sobre o clima
- Mercados ontem reagiram à proposta de Biden de aumentar impostos sobre ganhos de capital. Porém, o projeto tem um longo percurso a percorrer, já que precisaria do apoio de 100% dos democratas no Senado
- No Brasil, notícias boas para o orçamento, que foi sancionado com vetos pelo presidente Jair Bolsonaro. A nosso ver, a decisão reduz o risco de execução para o restante do ano
- Na abertura da Cúpula do Clima ontem, Brasil antecipou meta de neutralidade nas emissões de carbono e se compromete em reduzir desmatamento. Líderes reafirmam compromisso com metas do Acordo de Paris e se comprometem com objetivos mais ambiciosos
Bolsas mistas nessa manhã de sexta-feira, que mais parece terça-feira ou algum outro dia depois do feriado de quarta. O EuroStoxx cai 0,2%, enquanto os futuros do S&P e do Nasdaq 100 sobem cerca de 0,2%. As bolsas na Ásia fecharam mistas. Os grãos, que têm sido destaque com forte alta no mês, respiram um pouco nessa manhã.
Recuperação à vista? Segundo as prévias de PMIs de abril pelo mundo, houve aceleração da atividade no Japão, Zona do Euro e Reino Unido tanto no setor manufatureiro quanto no de serviços.
Nem tudo são flores para as bolsas americanas, que caminham para encerrar sequência de 4 semanas consecutivas de ganhos hoje. Mercados ontem reagiram à proposta de Biden de aumentar impostos sobre ganhos de capital de pessoas físicas para 39,6%. Isso, juntamente com uma sobretaxa existente sobre a renda de investimentos, significaria que as taxas de impostos federais para investidores podem chegar a 43,4%, ante os 20% atuais, para arrecadar cerca de US$ 370 bilhões em 10 anos segundo estimativa do Urban-Brookings Tax Policy Center.
Para que tudo isso? Os recursos seriam usados para financiar um novo pacote de chamado de ‘Plano das Famílias Americanas’. O time XP Política escreveu que o projeto, mesmo se conseguir passar via reconciliation (prática que permite aprovação de matérias orçamentárias por maioria simples), tem um longo percurso a percorrer, uma vez que precisaria do apoio de 100% dos democratas no Senado.
No Brasil, notícias boas para o orçamento, que foi sancionado com vetos pelo presidente Jair Bolsonaro. Os R$ 29 bilhões em despesas obrigatórias serão recompostos por meio de cortes de R$ 10,5 bi em emendas do relator, R$ 1,4 bi em emendas de comissão e R$ 7,9 bi em despesas discricionárias do Executivo. Além disso, foi feito bloqueio adicional de R$ 9 bi por meio de decretos. Vemos a decisão como efetiva para reequilibrar o orçamento, reduzindo o risco de execução para o restante do ano.
E ontem, no dia da Terra, tivemos também o primeiro dia da Cúpula de Líderes sobre o Clima, evento convocado por Joe Biden para impulsionar a agenda global de combate às mudanças climáticas. Estavam presentes virtualmente mais de 40 lideranças mundiais, que se comprometeram com metas mais ambiciosas em relação à redução da emissão de gases de efeito estufa, com o objetivo de limitar o aumento da temperatura global em 1,5°C e cumprir os objetivos do Acordo de Paris. Hoje o evento continua, tendo início às 9h (horário de Brasília) – confira a agenda e lista completa de convidados aqui e o relatório completo sobre o evento da Marcella Ungaretti, Analista de ESG, aqui.
Boa sexta e bom descanso no final de semana, porque semana que vem a temporada de resultados do primeiro trimestre vai exigir energia dos investidores e analistas aqui no Brasil com seu início e principalmente nos EUA, com 50% das empresas do S&P reportando. Entre elas, as FATAMGs, NIO, GE, Shopify, Twitter e outras gigantes divulgam.
Nas Horas Vagas
Por falar em clima, segundo matéria da Superinteressante, cafés do tipo Harar e Yirgacheffe podem perder 40% da área de cultivo nos próximos 70 anos devido às mudanças climáticas. E isso é uma má notícia não só para os apreciadores da bebida, assim como eu, que tem até dor de cabeça quando não toma café, mas também para a economia da Etiópia.
A Etiópia é o terceiro maior produtor de café Arábica do mundo, atrás apenas do Brasil e Colômbia. De acordo com um novo estudo, realizado pelo Instituto Potsdam para Pesquisa de Impacto Climático, 27% do território do país é adequado para o plantio de café, mas apenas um terço dessa área é apropriada para os cafés especiais. Os pesquisadores sugerem que, até 2090, parte dessa área pode ser perdida como resultado das mudanças climáticas.
Elaborado por:
Betina Roxo, CNPI 1493
Paula Zogbi, CNPI 2545
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