- Mercados amanhecem em queda com avanço da variante Delta no mundo e preocupação com crescimento global
- Na ata do Fomc, sinais que retiradas de estímulos nos EUA já devem começar em 2021 preocupam o mercado
- Na China, a treta das regulações continua e pressiona preço das ações de tecnologia para baixo
- A situação afegã segue em destaque no noticiário e Joe Biden tem repercussão negativa com seu discurso
- Mercado para baixo? Dólar se fortalece no movimento de fuga do risco
Mercados amanhecem mais “azedos”: preocupações com o avanço da variante Delta da Covid-19 e com o crescimento econômico global tomam as rédeas e pressionam os futuros para baixo, tanto nos EUA (-0,5%) como na Europa (-1,8%).
Em relação ao cenário econômico, destaque para a ata da última reunião do comitê de política monetária do Federal Reserve (Fed, banco central americano). Segundo o documento, divulgado ontem, a maioria dos dirigentes do colegiado julga apropriado começar a reduzir o ritmo de compra de ativos (tapering) ainda em 2021, embora, mais uma vez, a ata tenha revelado opiniões divergentes entre os participantes a respeito da estrutura, início e velocidade da retirada gradual de estímulos na maior economia do mundo.
Além disso, o comitê salientou que o processo de tapering não implica necessariamente que o Fed pode acelerar planos para elevação da taxa básica de juros, pois não há relação direta entre esses dois instrumentos de condução da política monetária. Na opinião do nosso time de economia, o anúncio do processo de tapering será em setembro, com início da redução da compra de ativos em dezembro. O primeiro movimento de alta dos juros deve ser feito apenas em meados de 2023.
Na China, aquela “treta” das regulações continua, em meio a um endurecimento das regras para diversos setores, o presidente Xi Jingping indicou que estava na hora de regular rendas mais altas como parte da mesma campanha. Lideranças Partido Comunista da China disseram ainda que permitiram que um grupo de regiões enriquecessem primeiro nas últimas décadas, mas que agora chegou o momento de priorizar a “prosperidade de todos”. O mais recente passo na estratégia do governo chinês reitera que e a campanha regulatória deve incluir tanto metas para a economia, quanto metas sociais.
Aliás, essas regulamentações acrescidas de restrições para conter a variante Delta azedaram o mercado chinês também: a bolsa caiu 0,7%, com ações de tecnologia como Alibaba (-5,5%), Tencent (-3,4%) e Meituan (-7,2%) estendendo suas perdas.
A situação no Afeganistão também segue em destaque internacional. Nos EUA, o tema repercute negativamente para o presidente Joe Biden, que tentou novamente defender sua decisão de deixar o país e afirmou que tropas devem permanecer no país até que todos os americanos que querem sejam evacuados. Em paralelo, o FMI (Fundo Monetário Internacional) suspendeu acesso do Afeganistão a recursos do fundo.
E quando o mercado azeda, o dólar adocica. Nesses movimentos que chamamos no “financês” de risk-off, a moeda americana tende a se fortalecer:

Fonte: Bloomberg, John Authers, Ohmresearch
Como podemos observar na linha branca, a ponta final começa a apontar para cima numa tendência de alta. Fortalecimento que ocorre com o mercado fugindo do risco e buscando ativos mais “seguros”, como é o caso do dólar.
Nas Horas Vagas
O Cruzeiro, um dos maiores clubes de futebol do Brasil, mas que nesse momento não passa por uma fase muito boa, está dando um passo importante para se tornar um “clube-empresa”. Está em busca de um investidor para levantar a situação financeira do clube (e como consequência, seu futebol).
Esse modelo já é muito explorado nos EUA e no futebol europeu, será que vai colar aqui no Brasil?
Elaborado por:
Júlia Aquino, CNPI 3607
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