- Mercados amanhecem levemente negativos à espera de dados nos EUA e China
- Destaque do dia é o número de inflação ao consumidor nos EUA, que deve ser um direcionador da reunião do BC americano na semana que vem para decidir o rumo da política de compra de ativos e a taxa de juros básica
- Na China, saem números de produção industrial e vendas no varejo. Investidores estão atentos para avaliar se a economia local continua desacelerando
- No Brasil, Congresso retoma agenda legislativa do governo federal e presidente da Petrobras participa de debate com a Câmara nessa manhã
À espera da divulgação de dados de inflação nos EUA e de produção industrial na China ainda hoje, mercados globais amanhecem levemente negativos, com futuros americanos no zero a zero e Euro Stoxx 50 caindo 0,19%.
Siga os dados. O número de inflação ao consumidor dos Estados Unidos de agosto será divulgado nessa manhã e, como virou costume, deve ser um direcionador da próxima reunião de política monetária do banco central americano, o FOMC, que acontece na próxima semana e decide o rumo da política de compra de ativos e a taxa de juros básica.
Esperamos que a inflação anual chegue a 5,25%, caindo um pouco em relação ao número de julho (que foi de 5,4%). O núcleo da inflação (excluindo alimentos e energia) deve ficar em 4,1% (foi 4,3% em julho). Nosso time de economia espera que os dados mostrem que houve redução nos preços de itens que ficaram muito mais caros devido ao contraste entre alta demanda causada pela reabertura econômica e a oferta limitada pela pandemia.
Devagar, devagarinho. Se a inflação americana vier em linha com as expectativas, é um sinal de que o Federal Reserve, BC americano, pode ir com calma na retirada de estímulos à economia. Com isso, mesmo com a reunião do FOMC acontecendo na próxima semana, não esperamos que ela traga nenhuma mensagem relevante nesse sentido. A nossa expectativa é de que o plano de redução de estímulos seja divulgado só em novembro, e que o processo comece em dezembro.
Do outro lado do mundo, mais dados. A produção industrial e as vendas no varejo da China também serão publicadas hoje. Investidores estão atentos aos números para avaliar se a economia chinesa continua desacelerando, já que dados recentes sugerem que a variante Delta pode ter atingido a atividade de forma mais severa do que o esperado — principalmente o setor de serviços, que sofre mais com as medidas de restrição para contenção de casos de Covid-19.
Vale a pena ficar de olho: as restrições à produção de aço na China continuam impactando o preço do minério de ferro. A commodity caiu pelo 5º dia seguido e chegou ao preço mais baixo desse ano. Os preços do minério costumam repercutir no mercado brasileiro, que tem várias empresas exportadoras do material.
Retomada. Após sinais de moderação pós 7 de setembro, o Congresso retoma a agenda legislativa do governo federal e volta a discutir a Reforma Administrativa e a PEC dos precatórios.
Enquanto isso, o presidente da Câmara, Arthur Lira, criticou a Petrobras por aumentar o preço da gasolina e afirmou que a empresa “deve ser lembrada: os brasileiros são seus acionistas”. O presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, participa hoje de um debate sobre energia na Câmara.
Nas horas vagas
O Met Gala é provavelmente o tapete vermelho mais esperado do mundo da moda, cheio de looks extravagantes. O evento marca a abertura da exposição do Costume Institute no Metropolitan Museum of Art, que teve o tema “Na América: Um Léxico da Moda” e celebrou looks de estilistas americanos como Oscar de La Renta, Halston e Pyer Moss.
Vale a pena ver os looks da noite de gala, que aconteceu ontem, aqui.
Elaborado por:
Júlia Aquino, CNPI 3607
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