• Mercados amanhecem sem direção clara à espera de dados de inflação nos EUA (CPI)
  • A expectativa de inflação impulsionada pela retomada forte da economia americana preocupa os mercados sobre o rumo da política monetária americana
  • Aqui no Brasil, o Copom sinalizou ajuste parcial na Selic, o que faz nosso time de economia acreditar que caminhamos para uma taxa de 5,5% a.a no fim deste ano
  • Senadores concluíram a votação do projeto que torna o Pronampe permanente

Mercados amanhecem mistos à espera dos números de inflação ao consumidor nos EUA (CPI, ou IPC em português), que pode ser um gatilho para uma mudança de postura do Fed (Banco Central americano) em relação à política monetária e à taxa básica de juros. Os futuros americanos caem entre 0,2% e 0,9%; enquanto na Europa o Stoxx 600 sobe 0,49%.

Vai vacina! Com a vacinação caminhando, investidores(as) seguem se questionando quando teremos um cenário de “normalização” das atividades. Abaixo, podemos observar a população em percentual das geografias que já foram vacinadas completamente (cinza escuro) e o percentual que já recebeu a primeira dose (cinza claro):

Um olho na vacina e o outro na inflação. Os mercados estarão muito atentos à divulgação dos dados de inflação nos EUA relativos a abril. A projeção é de inflação cheia de 3,6% em 12 meses, e núcleo de inflação de 2,3% na mesma base de comparação. A forte recuperação da economia americana, impulsionada por massivos estímulos fiscais e avanços notórios na vacinação contra a Covid-19, vem alimentando as preocupações do mercado com relação ao quadro inflacionário no país.

Por aqui, a ata da última reunião do Copom reforçou a sinalização de ajuste parcial na taxa básica de juros. Segundo o Banco Central, ajustes ininterruptos na taxa Selic até o patamar neutro (equilíbrio de longo prazo) levariam a projeções de inflação “consideravelmente abaixo da meta” no ano que vem. Nosso time de economia entende que a ata é consistente com nosso cenário de taxa Selic em 5,50% a.a. no final de 2021. Sobre a conjuntura econômica, a autoridade afirmou que a atividade mostra evolução mais positiva do que o esperado, e que deve aos poucos retornar à normalidade; sobre inflação, o BC ressaltou o efeito da alta das commodities sobre alimentos e bens industriais, embora tenha mantido o diagnóstico de que os choques são temporários.

Também tem CPI por aqui, mas outra. O ex-secretário de Comunicação da Presidência Fábio Wajngarten presta depoimento hoje à CPI da Pandemia. O governo avalia seu testemunho como imprevisível e teme que ele culpe o Executivo pela demora na campanha de vacinação. Ontem, o presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, foi ouvido e surpreendeu ao criticar a conduta de Jair Bolsonaro.

Enquanto isso, Senadores concluíram ontem a votação do projeto que torna o Pronampe permanente e abre espaço para que o governo edite créditos extraordinários na casa dos R$ 5 bilhões para custear o fundo garantidor dos empréstimos – o Congresso ainda demanda que o governo dobre o valor do aporte. O texto aguarda a sanção de Bolsonaro.

Nas Horas Vagas

Se tem uma coisa que faria limer gosta são os AirPods da Apple. A invenção genial de tirar os fios do fone branco tradicional da companhia, mantendo seu design, caiu no gosto do público. Eu mesmo utilizei muitas vezes para lives e gravações de vídeos para o canal da Rico. Porém, o que chama atenção é o número impressionante de receita gerada pela venda desse aparelhinho:

Em 2020, a receita gerada somente com os AirPods foi suficiente para ficar na frente de muitas outras empresas de tecnologia relevantes no mundo. Impressionante né? Esse é um dos motivos pelos quais se discute tanto sobre investir em empresas que atuam nesses setores.

Elaborado por:

Betina Roxo, CNPI 1493
Paula Zogbi, CNPI 2545

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