- Bolsas amanhecem sem rumo definido, perto do zero, de olho na variante Delta
- A variante já motiva atitudes do governo chinês, mas nos EUA, 99% das mortes pelo vírus são de pessoas que não se vacinaram
- Nos EUA, o pacote de infraestrutura de US$ 500 bilhões está marcado para ser votado hoje no Senado. Na Câmara, a complexidade deve aumentar
- Por aqui, dia agitado com ata do Copom, IPCA e o início da votação da extremamente controversa PEC do voto impresso, enquanto o risco fiscal segue no radar.
Nem pra lá, nem pra cá. Bolsas estrangeiras operam sem rumo definido, perto de zero a zero tanto nos EUA como na Europa, de olho na variante Delta do coronavírus. Ontem, as bolsas caíram levemente, puxadas pelo setor de energia após queda forte (-4%) do petróleo com as incertezas sobre a retomada da atividade.
A Delta e as economias. O Índice de Expectativas da Europa Zew caiu para 42,7 de 61,2 em agosto, eliminando os ganhos nesse ano, num primeiro sinal concreto de que a recuperação econômica pode ser prejudicada pela variante Delta. Por outro lado, nos EUA, atualmente 99% das mortes por Covid são de pacientes que não se vacinaram, de acordo com os últimos dados do Centro de Prevenção e Controle de Doenças (o que é positivo porque indica que a imunização aparentemente está funcionando).
Tocou o interfone lá nos EUA: o pacote chegou. O Senado americano chegou a um acordo para realizar a votação final do pacote de infraestrutura de US$ 500 bi hoje, às 11h. A expectativa permanece positiva para a aprovação do projeto na Casa, no entanto, o cenário é mais complexo na Câmara, onde parlamentares da ala mais à esquerda do partido democrata pedem sinais de que o Plano das Famílias Americanas avançaria também. Além das divergências, democratas enfrentam um calendário apertado para negociações – o Senado deve entrar em recesso no final da semana e retomar atividades apenas na semana de 14 de setembro.
Por aqui, sem descanso. O dia no Brasil vai ser agitado, respondendo aos indicativos da ata do Copom, divulgada às 8h, aos números oficiais de inflação pelo IPCA (9h, com expectativa de alta de 1% pelo time da XP e 0,95% pelo consenso) e até um possível desfile de tanques em Brasília no dia da votação da PEC do voto impresso. Segundo o time de política da XP Inc., a PEC provavelmente será rejeitada, mas o barulho e o temor de ameaça à democracia podem ter seus impactos no mercado.
E tem mais. Os jornais repercutem notícias de ontem sobre a PEC dos precatórios e o Bolsa Família turbinado. A PEC ainda não foi protocolada, mas prevê uma entrada de 15% e nove parcelas para precatórios acima de R$ 66 milhões. O texto trará ainda a alteração do indexador para Selic e a criação de um fundo para que recursos advindos da venda de imóveis, dividendos de estatais, concessões e partilha de petróleo possam ser usados para pagar precatórios ou a dívida pública, fora do teto de gastos. O aumento da incerteza sobre o orçamento do ano que vem (ano eleitoral, acima de tudo), e a perspectiva da evolução do endividamento do país no longo prazo voltou a representar um dos principais (se não o principal) risco no radar de investidores.
Investidores cobram seu preço. Com o aumento do risco fiscal, as taxas no Tesouro Direto subiram forte ontem. Alguns títulos voltaram a pagar prêmios nos níveis do início da pandemia, como é o caso do Tesouro Prefixado 2026 (gráfico abaixo). Continuamos recomendando investimentos em prefixados apenas para prazos mais curtos, dada a incerteza sobre o cenário fiscal e inflacionário para períodos mais longos. Lembrando que, se você já tem os títulos, o preço pode ter caído por conta da alta nas taxas. Não se preocupe: quem mantém o papel até o vencimento recebe exatamente a rentabilidade contratada (saiba mais aqui).

Nas horas vagas
Hoje infelizmente não trago boas notícias nesse espaço. Saiu ontem um relatório da ONU mostrando que a influência humana é responsável por uma alta de 1,07°C na temperatura global, e que a temperatura subirá até mais 2°C ainda neste século se a redução das emissões de gases estufa não for profunda. O relatório diz que “algumas das mudanças – como o aumento contínuo do nível do mar – são irreversíveis ao longo de centenas a milhares de anos”.
Meu convite hoje é para quem chegou até aqui leia a reportagem sobre os efeitos das nossas atitudes como seres humanos e realmente reflita sobre como podemos, individualmente e, principalmente, como sociedade, buscar fazer mais parte da solução que do problema a partir de agora.
Elaborado por:
Bruna Sene, CNPI-T 6928
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