• Mercados amanhecem mistos, enquanto os investidores pesam os riscos de inflação
  • O payroll de maio veio abaixo da expectativa de mercado, o que reduz as apostas de que o Federal Reserve vai apertar a política monetária nos EUA
  • G7 fechou um acordo no sábado para a criação de um imposto global mínimo de 15% para empresas multinacionais
  • Ibovespa teve uma semana marcada pela renovação de máximas consecutivas

Mercados globais começam a semana mistos, com os futuros nos EUA e as Treasuries (Títulos públicos americanos) caindo enquanto os investidores pesam os riscos de inflação e o impacto de imposto mínimo global para empresas de tecnologia. Os futuros do S&P caem 0.19%, os da Nasdaq caem 0,45% e o Stoxx600 sobe 0,09%.

E o payroll? Os mercados ainda estão repercutindo os resultados de emprego divulgados nos EUA na sexta: o payroll de maio mostrou que o país criou 599 mil novos postos de trabalho, abaixo da expectativa de mercado. O dado reduz as apostas de que o Federal Reserve (Banco Central americano) vai apertar a política monetária, o que fez a taxa de juros de longo prazo recuar, com as Treasuries de 10 anos fechando em 1,55% e acabou dando um fôlego aos mercados no fim da semana passada.

Durante o final de semana, a secretária do Tesouro americano dos EUA, Janet Yellen, reforçou o apoio ao orçamento trilionário do governo ainda que uma inflação mais alta persista e sugeriu que taxas de juros um pouco mais altas seriam um benefício.

Big Techs de olho no G7. Os ministros do grupo que reúne Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Japão, Estados Unidos e Canadá fecharam um acordo no sábado (5) para a criação de um imposto global mínimo de 15% para empresas multinacionais. Os países se comprometeram a apoiar esse acordo na próxima reunião do G20, que acontece em julho, onde buscarão um apoio mais amplo à proposta.

Made in China. As exportações da China cresceram quase 28% em maio, um pouco mais fracas do que abril (32,3%), mas ainda em um ritmo muito sólido. As exportações fortes da China são um sinal de recuperação global. O crescimento das vendas externas foi impulsionado principalmente por produtos não ligados à Covid, como eletrodomésticos. As importações subiram 51,1%, o ritmo mais rápido desde março de 2010, impulsionado pelos altos preços das commodities.

Recorde atrás de recorde. O Ibovespa teve uma semana marcada pela renovação de máximas nominais consecutivas, fechando em 130.125 na sexta-feira, em alta semanal puxada pela divulgação de dados econômicos positivos no Brasil. O resultado acima das expectativas do PIB desencadeou revisões nas nossas perspectivas para o PIB, as contas públicas, o dólar, a inflação e a Selic. Você pode ler mais nesse insight da Rachel de Sá.

Semana cheia. Vários indicadores econômicos serão diulgados essa semana no Brasil. Vendas no varejo e de veículos na terça, inflação do IPCA na quarta e Produção do Setor de Serviços na sexta. Por aqui, os mercados vão monitorar ainda as discussões no Congresso sobre as reformas Administrativa e Tributária, e sobre a privatização da Eletrobrás.

Elaborado por:

Betina Roxo, CNPI 1493
Paula Zogbi, CNPI 2545

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