- Mercados hoje amanhecem à espera da definição dos países exportadores de petróleo sobre a produção em 2021 e 2022 (que já teve várias tentativas). O barril segue com preço alto
- É feriado nos EUA, então os volumes de negociação tendem a ser menores
- Na sexta passada, os dados de emprego nos EUA indicaram forte recuperação econômica, mas sem pressão inflacionária. Win/win!
- Nessa semana, destaque para a ata da reunião de política monetária do Fed; No Brasil, olho nas vendas no varejo de maio e inflação do IPCA de junho.
Se você é leitor(a) fiel desse conteúdo, sabe que, em boa parte dos nossos resumos do dia recentes, falamos que os mercados estão à espera de alguma definição ou algum dado e, por isso, operam sem direção definida. É um momento em que dados econômicos e definições políticas e monetárias fazem toda a diferença para o humor das bolsas, porque indicam os caminhos que podem ser tomados pelas autoridades ao redor do mundo — quem cuida do dinheiro. Não significa indecisão, só cautela mesmo!
Dito isto, os mercados europeus amanhecem sem direção definida, com o Euro Stoxx em leve queda (-0,09%) e bolsas locais entre perdas e ganhos, à espera do resultado da reunião da Opep, hoje, sobre sua política de produção de petróleo. Hoje não tem pregão nos Estados Unidos devido ao feriado da Independência no país.
O que o pessoal do petróleo precisa decidir? Nas últimas duas tentativas de reunião dos exportadores de petróleo, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos não conseguiram entrar em acordo sobre a política de produção para o resto de 2021 e 2022. Enquanto Arábia Saudita, apoiada pelo resto do grupo, gostaria de estender o limite de aumento de produção para 2022, os EAU estão insatisfeitos com a quantidade delimitada para si (3,2 milhões de barris por dia) e aceitariam o combinado apenas para 2021, buscando melhores condições para 2022. O preço da commodity subiu mais no fim de semana e segue acima de US$ 75 por barril enquanto nada é definido.
Por falar em espera por dados. Pra relembrar: Lembra que falamos do Payroll na sexta passada? Esses dados de emprego nos EUA indicaram forte recuperação econômica, com criação de 850 mil postos de trabalho (a expectativa era de 720 mil), mas sem grandes pressões inflacionárias. Com isso, investidores não compram a possibilidade do Fed de reduzir os estímulos monetários antes do determinado (que seria prejudicial para a bolsa no curto prazo).
Na Europa, indicadores de atividade econômica (PMIs) foram revisados para cima e registram a maior expansão em 15 anos. Na China o Caixin PMI Composite de junho saiu bem abaixo das expectativas (em 50,3, contra 54,9 esperados e 55,1 anteriores). O resultado reforça a visão de que a economia chinesa está desacelerando, embora continue em expansão.
Pra ficar de olho: O destaque desta semana é a ata da reunião de política monetária do Fed, na quarta-feira. No Brasil, esta semana traz vendas no varejo de maio e inflação do IPCA de junho. Também vamos acompanhar de perto as discussões sobre a reforma do imposto de renda no Congresso.
Nas horas vagas
Pra começar a semana com muita informação. Vídeo quentinho da Rachel de Sá sobre tudo o que pipocou nas timelines financeiras na semana que passou, pra começar essa preparada(o)! Um breve spoiler do conteúdo: detalhes sobre a preocupação com a disseminação da variante Delta da Covid-19 no mundo, mercado de trabalho e impactos na inflação e juros nos EUA, além desemprego e atividade recuperando no Brasil, contas públicas como surpreendente âncora positiva, e ruídos políticos em torno da CPI da Pandemia. Confira tudo isso, e o que esperar pra essa semana, no Semana de Sá a Z.