- Mercados amanhecem em alta com bons números corporativos, avanço do pacote de infraestrutura nos EUA e de olho no Payroll
- Europa traz boas notícias com dados econômicos acima do esperado
- Na temporada de resultados gringa, 87% das empresas tiveram lucros acima do projetado
- Por aqui, preocupações fiscais no radar, o Congresso retorna do recesso e o Copom define uma nova taxa Selic nesta semana
Mês do desgosto? Mês do cachorro louco? Agosto começa com altas nos mercados mundiais, após um mês de julho forte nos EUA, em que os avanços no acordo bipartidário para o pacote de infraestrutura e os resultados das empresas ofuscaram parcialmente as preocupações com a pandemia. Futuros americanos sobem 0,6% e o Euro Stoxx anota 0,7% nesta manhã.
Por falar em pacote… Após semanas de negociações, os senadores finalizaram na noite de domingo as 2.700 páginas do texto do pacote de infraestrutura de US$ 1 tri (US$ 550 bi em novos gastos + US$ 450 em gastos já aprovados). O mesmo deve ser debatido ainda hoje, segundo o líder democrata Chuck Schumer, e seguiria para a Câmara no final da semana.
PMIs na mira. As pesquisas com gerentes de compras referente a julho na Zona do Euro marcou 62,8 pontos, acima da expectativa de 62,6 pontos. Pontuações acima de 50 indicam expansão. Já na China, os números ficaram bem abaixo das expectativas do mercado no mês passado. As restrições de oferta de insumos afetam a expansão dos negócios, como já estávamos observando, mas agora a demanda parece estar esfriando também. Novas encomendas caíram em julho e índice de exportação ficou abaixo de 50 no mês passado (indicando contração).
Aos números. Na temporada de resultados dos EUA, 294 de 498 empresas do S&P reportaram resultado, 87% com lucro acima do esperado com surpresa em média 18% para cima. Na Nasdaq, 741 de 2865 empresas reportaram, 78% delas acima do esperado com surpresa 23% para cima. Por aqui, a temporada está longe de acabar ainda. Destaques hoje são Itaú e Cielo depois do pregão.
Ainda por lá, o grande destaque da agenda essa semana será a divulgação, na sexta, do relatório de emprego conhecido como Payroll, que ajuda a projetar o que esperar das decisões de política monetária do Federal Reserve. O dado mais recente de emprego nos EUA, os pedidos semanais de auxílio-desemprego, ajudaram a sustentar o discurso de que ainda não é necessário diminuir os estímulos à economia, junto com dados de inflação (core CPI) americanos de junho abaixo do esperado de 3,5% vs. expectativas de 3,6% na sexta.
No Brasil, dois grandes destaques essa semana. Primeiro, a discussão em torno dos R$89 bilhões que o Poder Judiciário informou ao Ministério da Economia que terá, obrigatoriamente, de constar no Orçamento de 2022 e ser pago ao longo do ano (bem acima dos R$ 57 bi desse ano). Se isso se confirmar, os precatórios ocuparão todo o espaço extra previsto no teto de gastos para o próximo ano, não deixando espaço para expansão do programa Bolsa Família.
Depois, na quarta, a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a taxa Selic. Esperamos uma alta de 1 ponto percentual para 5,25% a.a, dado que a economia se recuperando melhor do que o esperado e a inflação corrente segue pressionada.
Descansados? O Congresso retorna do recesso com o desafio de fazer avançar a agenda econômica, em meio ao retorno das tensões da CPI da Pandemia e das discussões promovidas pelo governo sobre a implementação do voto impresso. Atenção para a reforma tributária, com expectativa de apresentação de novo relatório e promessa de Arthur Lira de tentar pautá-la no plenário da Câmara ainda esta semana, e o novo desenho do programa de transferência de renda (saiba mais sobre ele aqui).
Anotou a placa? O Ibovespa desabou 3,08% na sexta-feira passada com um bafafá sobre a situação fiscal que mencionamos nos dois pontos acima, resultando em um recuo de 3,94% no mês. Para ajudar a entender esses fatores e os rumos do mercado, como toda virada de mês, saiu hoje nosso De Olho no Mercado. Confira os 5 pontos de atenção para investir em agosto.
Nas horas vagas
Você sabe quanto dinheiro ganham atletas medalhistas olímpicos? Segundo a CNBC, até US$ 737 mil. Alguns países ainda incluem incentivos como residências e viagens aéreas, como é o caso das Filipinas.
No Brasil, o pagamento seria de US$ 49 mil para a medalha de ouro, US$ 29 mil para prata e US$ 20 mil para o bronze, bem abaixo dos US$ 737 mil de Singapura e muito acima dos US$ 15 mil para ouro na Austrália, de acordo com o portal. Importante lembrar, como inclusive aponta o site, que o pagamento pela medalha maior não significa necessariamente atletas mais prestigiados. Apoiar os talentos do esporte é idealmente um trabalho contínuo por governos e patrocinadores.
Elaborado por:
Júlia Aquino, CNPI 3607
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