Para muitos brasileiros, o carnaval é um dos períodos mais esperados do ano. Com ele, vêm os bloquinhos, os desfiles e, claro, os gastos. De bebidas a fantasias, passando por maquiagem e passagens aéreas, tudo parece estar mais caro.
Mas será que os preços dos itens típicos do Carnaval realmente subiram tanto assim? E quais são as razões por trás desse aumento? Confira a seguir nossa análise sobre a inflação da cesta de produtos e serviços mais consumidos nessa época do ano.
O custo da folia: Será que está mais caro no Carnaval?
Se tem algo que combina com Carnaval é festa – e festa, muitas vezes, significa “abrir a carteira”.
Para entender melhor como os preços mudaram ao longo dos últimos anos, analisamos uma cesta com alguns dos principais produtos e serviços consumidos durante o período carnavalesco: cerveja, outras bebidas alcoólicas, bijuterias, artigos de maquiagem, cabeleireiro, pacotes turísticos e passagens aéreas.
O que faz esses itens ficarem mais caros?
Diferentes fatores influenciam a variação de preços de bens e serviços – a famosa inflação.
No caso das bebidas, por exemplo, a demanda sazonal e a carga tributária podem ser fatores determinantes. Já os pacotes turísticos e passagens aéreas tendem a sofrer impacto de oscilações cambiais (ou seja, o valor da nossa moeda) e do custo de combustíveis. Na mesma linha, serviços como cabeleireiro e maquiagem são influenciados pelo comportamento da renda disponível da população e a consequente variação da demanda por esses serviços – que tendem a subir em períodos de festas.
Os números abaixo ilustram essa dinâmica da “inflação carnavalesca”.

Como podemos ver acima, a nossa “cesta carnavalesca” acumulou alta de 95,83% – comparado a 75,17% de variação acumulada do IPCA no período. De maneira simplificada, isso significa que os itens de carnaval subiram perto de 25% a mais do que a inflação média de bens e serviços do país nos últimos 10 anos.
Já no recorte dos últimos 5 anos, na qual incluímos a inflação do vinho e do serviço de cabelereiro e barbeiro, a inflação da cesta foi de 51,34%, contra um IPCA de 33,67% no mesmo período – diferença de mais de 50%.
Ou seja…podemos ver que a folia anda ficando cada vez mais cara.
Bebidas: o brinde mais caro?
O Carnaval e a cerveja andam juntos para muitos foliões. Mas o preço da bebida queridinha do brasileiro tem pesado no bolso.
Nos últimos 10 anos, a cerveja ficou 63,16% mais cara, e nos últimos 5 anos, o aumento foi de 34,03%. Esse aumento reflete o encarecimento dos insumos, como malte e alumínio para as latas. Além disso, a elevação dos tributos estaduais sobre bebidas alcoólicas em algumas regiões do país também contribuiu para o aumento.
Outras bebidas alcoólicas, como destilados e coquetéis prontos para consumo, tiveram uma inflação ainda maior: 106,32% nos últimos 10 anos e 54,71% nos últimos 5 anos, sendo a categoria que mais encareceu no período. A valorização do dólar, que impacta o custo de importação de insumos, ajudou a impulsionar os preços.

Já o vinho, que apresentou uma inflação relativamente menor comparado às outras bebidas, acumulou alta de 23,94% nos últimos 5 anos – pois somente passou a ser considerado dentro da cesta do índice IPCA a partir de 2020. Mesmo assim, fatores como safra de uvas, oscilações cambiais e tributos sobre importação também afetaram o preço da bebida. No entanto, podemos observar no gráfico abaixo que outros tipos de bebidas não alcoólicas, como o café, se destacaram por altas em seus preços ao longo dos últimos 5 anos.

Maquiagem e bijuterias: brilhar custa mais!
Fantasias, acessórios e muito glitter fazem parte do look de Carnaval, mas o preço para compor o visual também subiu. Bijuterias, como colares, pulseiras e brincos, tiveram uma inflação de 56,03% nos últimos 10 anos e de 43,65% nos últimos 5 anos, pressionadas pelo aumento dos custos de produção e a alta do dólar (novamente), que encarece metais e pedras sintéticas.

Já os artigos de maquiagem, essenciais para criar produções coloridas e criativas, tiveram inflação de 40,48% nos últimos 10 anos e de 25,68% nos últimos 5 anos. O aumento no custo de produção de cosméticos, incluindo pigmentos importados e embalagens, contribuiu para esse reajuste.
Cabeleireiro: o retoque antes da festa
Seja para um corte, uma coloração ou um penteado especial, o serviço de cabeleireiro e barbeiro tem alta procura no Carnaval. Isso se reflete nos preços, que tendem a subir devido à demanda sazonal.
Nos últimos 5 anos, a inflação acumulada para esse serviço foi de 32,99% – assim como o vinho, esse tipo de serviço somente passou a ser considerado na cesta do IPCA a partir de 2020. O aumento do custo de produtos de beleza e o crescimento no custo de mão de obra influenciaram esses reajustes.

Pacotes turísticos e passagens aéreas: viajar no Carnaval exige planejamento
Para quem prefere curtir o Carnaval em outra cidade, os custos de viagem podem ser um desafio. Pacotes turísticos registraram um aumento de 86,09% nos últimos 10 anos e de 49,91% nos últimos 5 anos, refletindo a forte demanda e a alta dos custos operacionais do setor de turismo.
Como já podemos imaginar, a oscilação cambial e a valorização do dólar também impactam diretamente os preços dos pacotes para destinos turísticos. Já as passagens aéreas, um dos itens com maior volatilidade ao longo do tempo, acumularam alta de 51,22% nos últimos 10 anos e 52,17% nos últimos 5 anos. Fatores como o preço dos combustíveis, o câmbio, a demanda e os ajustes na oferta das companhias aéreas explicam essas variações expressivas.
Conclusão: o Carnaval ficou mais caro?
Sim, o Carnaval tem pesado mais no bolso dos foliões. Desde as bebidas até os serviços de turismo e estética, os custos subiram por uma combinação de fatores, com destaque para crescimento da demanda, mudanças de tributação, custos de insumos e depreciação cambial.
Para quem quer curtir a folia sem comprometer o orçamento, vale a pena planejar os gastos com antecedência, buscar promoções e considerar alternativas mais econômicas para bebidas, acessórios e viagens.
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Elaborado por:
Bruna Sene, CNPI-T 6928
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